Maputo: Campanha de recolha de armas de fogo
A polícia moçambicana lançou uma campanha de recolha de armas de fogo na província de Maputo e pediu à população para denunciar os portadores de armas.
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Numa altura em que a província de Maputo, no sul de Moçambique, regista o recrudescimento da criminalidade, a polícia lançou uma campanha de recolha de armas de fogo.
Joarce Martins, chefe de departamento de relações públicas da corporação ao nível da província, explica o que está por detrás desta decisão e apela à denúncia pública.
“Algumas pessoas que conhecem portadores de armas, alguns ilegais, não têm estado a denunciar – por vezes são familiares, por vezes são amigos. Mas as armas de fogo são denunciadas depois de terem perpetrado crimes que são de danos irreparáveis. Gostaríamos de pedir a todas as pessoas desta cidade para denunciarem qualquer portador de arma, seja ele legal ou não, para que a polícia possa controlar os movimentos dessas pessoas”, afirmou.
Para a polícia de Moçambique, a circulação de armas de fogo em mãos alheias é uma preocupação em todo o país.
Oiça aqui a reportagem de Orfeu Lisboa.
Reportagem de Orfeu Lisboa
A 25 de Fevereiro, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos alertaram para os riscos de segurança elevados no norte de Moçambique, devido aos ataques de grupos armados em Cabo Delgado, e desaconselharam viagens a vários distritos daquela província.
O portal das comunidades do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, actualizado a 16 de fevereiro, explica que desde Outubro de 2017 têm sido noticiados vários “incidentes graves na província de Cabo Delgado, alegadamente practicados por um movimento insurgente de matriz islâmica” e desaconselha viagens a Mocímboa da Praia, Macomia, Palma, Nangade e Quissanga.
O portal de conselhos aos viajantes do governo britânico, revisto a 18 de Fevereiro, recomenda que sejam evitadas todas as deslocações não essenciais aos mesmos distritos, acrescentando ainda o de Ibo, também no norte.
A província de Cabo Delgado é a única região moçambicana classificada com um risco de nível 3 pelo departamento de Estado norte-americano, significando que as viagens devem ser “reconsideradas” devido a “riscos sérios de segurança”.
A onda de violência eclodiu após um ataque armado a postos de polícia da vila de Mocímboa da Praia por um grupo com origem numa mesquita local que pregava a insurgência contra o Estado.
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