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Moçambique

Congresso do MDM : Daviz Simango reconduzido

Os delegados do partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força política moçambicana, reunido em congresso na cidade de Nampula, norte do país, reconduziram ontem, David Simango para o cargo de Presidente do Partido.

Daviz Simango, presidente do MDM.
Daviz Simango, presidente do MDM. DR
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Com a participação de 1.500 pessoas, os delegados do segundo congresso do MDM que decorre na cidade de Nampula, procederam à eleição de novos órgãos, incluindo o presidente do partido. Na votação, Daviz Simango, único candidato a presidência do partido, obteve mais de mil votos, tornando-se deste modo também o candidato do MDM ás eleições presidenciais de 2019. Eis o balanço feito pelo porta-voz do MDM, Sande Carmona.

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Sande Carmona, porta-voz do MDM em declarações recolhidas por Orfeu Lisboa

Resultante de uma cisão na Renamo em 2009, o MDM assumiu-se desde a criação como uma espécie de "terceira via" para a hegemonia protagonizada pela Renamo e Frelimo.

Nas eleições gerais – presidenciais e legislativas – desse ano, essa formação conseguiu eleger oito deputados à Assembleia da República, apesar de ter sido impedido de concorrer em oito dos círculos eleitorais do país, devido a falhas nos actos de candidatura.

Afirmando a génese de partido de base autárquica, cuja primeira experiência governativa tinha sido na Beira, segunda maior cidade do país, cujo autarca é o próprio dirigente do partido, Daviz Simango, desde 2003, o MDM conseguiu nas últimas eleições locais eleger autarcas na cidade de Nampula, terceira maior cidade, e Quelimane, quarta maior cidade, e no município de Gurué.

Contudo, depois de o MDM ter indicado Lutero Simango, irmão de Daviz Simango, para chefe da bancada do partido na Assembleia da República, em 2015, começaram a surgir acusações de nepotismo no partido e até tribalismo, devido a um alegado controlo de membros da etnia dos irmãos na organização.

Na sequência do segundo congresso do partido, os delegados prestaram homenagem a Mahamudo Amurane, autarca de Nampula que foi assassinado a 4 de Outubro. Este último tinha acusado publicamente Daviz Simango, de  ser "ditador e corrupto". O então presidente da câmara de Nampula morreu a tiro e várias pessoas foram indiciadas sem que nenhuma tenha sido ainda detida.

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