A integração nas contas oficiais de Moçambique dos empréstimos ocultos a três empresas públicas empurrou o país para uma crise sem precedentes nas últimas décadas. Isto levou os parceiros internacionais a suspender os seus apoios à Moçambique, a moeda desvalorizou-se a pique e a inflação subiu até 25% em 2016, agravando o custo de vida, já de si elevado para o povo moçambicano. O escândalo das dívidas ocultas que começou em Setembro de 2013 e emergiu em Abril de 2016 depois da imprensa moçambicana ter revelado que a Ematum (uma empresa moçambicana de atum) era detida pelos serviços secretos do país.O FMO (Forum de Monitoria de Orçamento), entidade que congrega organizações da sociedade civil moçambicana, entregou no mês de Julho de 2017 ao Conselho Constitucional (CC) uma petição destinada à declaração de inconstitucionalidade do empréstimo da Ematum, empresa que beneficiou de dívidas ocultas. Em conversa com a RFI, Andes Chivangue, investigador e professor na Universidade Eduardo Mondlane e membro da coordenação do FMO, dá o seu ponto de vista sobre a situação do país.
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