MDM questiona austeridade do executivo

O Presidente do MDM, Daviz Simango questiona a viabilidade das medidas de austeridade anunciadas pelo governo em resposta a crise financeira que o país enfrenta. AS declarações são feitas no mesmo dia em que governo moçambicano apresentou no parlamento o orçamento rectificativo para 2016.  

Daviz Simango, líder da terceira maior força política e na oposição em Moçambique

As medidas de austeridade que passam pelos cortes nas despesas públicas anunciadas pelo governo na última semana para fazer face a actual crise económica provocada pela enorme divida pública não é a solução adequada para resolver os problemas da maioria dos moçambicanos defende Daviz Simango Presidente do MDM.

"O governo anunciou algumas medidas de austeridade. Mas auteridade sem produzir. É preciso desenvolver a agricultura, é preciso desenvolver a industrialização. É preciso criar essas oportunidades que possam produzir alimentos. O país tem de evitar de estar sempre a enviar moeda estrangeira para fora".

Em conferência de imprensa na Beira, o líder da terceira maior força política e na oposição em Moçambique voltou a defender a inclusão de mais actores nacionais no diálogo político envolve a Renamo e o Governo liderado pela Frelimo.

O Governo moçambicano apresentou hoje no parlamento um Orçamento do Estado retificativo para 2016, que baixa o crescimento económico de 7% para 4,5%, bem como as previsões de receita e despesa, e impõe medidas de austeridade, sobretudo nos gastos de funcionamento. Além das medidas de contenção, assinalou, o Governo está a valorizar a adoção de medidas para dinamizar a economia para atingir a meta de um crescimento de 5,2% em 2017.

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Correspondência de Orfeu Lisboa