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Moçambique

Moçambique comemora os quarenta anos da sua independência

Foi há 40 anos que Moçambique alcançou a independência, a 25 de Junho de 1975. Uma liberdade conquistada após 16 anos de luta armada e cujo epílogo foi a revolução do 25 de Abril em Portugal. A "Revolução dos Cravos" abriu a porta aos acordos de Lusaka a 7 de Setembro de 1974, os quais fixaram as modalidades de entrega da administração do país para as mãos da Frelimo.

Filipe Nyusi no Estádio da Machava durante a comemoração dos 40 anos da independência de Moçambique
Filipe Nyusi no Estádio da Machava durante a comemoração dos 40 anos da independência de Moçambique Neidy Ribeiro/RFI
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A 25 de Junho de 1975, o primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, proclamou a independência do seu país, pondo fim a 500 anos de colonização portuguesa. Mais pormenores com Leonardo Silva.

A independência contada por Leonardo Silva

40 anos depois, viveram-se momentos solenes de memória.  O Presidente da República começou o dia de comemorações com uma homenagem aos combatentes da liberdade. Mais informações com a enviada especial da RFI em Moçambique, Neidy Ribeiro.

As comemorações relatadas por Neidy Ribeiro

Milhares de pessoas convergiram para o Estádio da Machava, nas imediações de Maputo, no mesmo lugar onde Samora Machel disse que Moçambique era doravante livre. Passadas quatro décadas, o actual Presidente, Filipe Nyusi, enalteceu os avanços alcançados e convidou o povo inteiro do seu país a comemorar, do Rovuma a Maputo.

Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, em declarações recolhidas por Neidy Ribeiro

Durante o almoço oferecido pelo Presidente Nyusi aos numerosos estadistas vindos da África Austral presentes nas cerimónias, o antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano destacou os desafios que ainda se apresentam ao país 40 anos depois, nomeadamente no sector do ensino ou no acesso à água potável.

Joaquim Chissano entrevistado pela enviada especial da RFI em Moçambique, Neidy Ribeiro

Por seu turno, o antigo presidente do parlamento, Eduardo Mulémbwé, recordou as conquistas da independência de Moçambique, entre elas o "resgate da dignidade" do povo do seu país.

Eduardo Mulémbwé entrevistado pela enviada especial da RFI em Moçambique, Neidy Ribeiro

Menos optimista foi o balanço de José Lopes, porta-voz da bancada da Renamo, principal partido de oposição de Moçambique. Questionado sobre a evolução do país nestes quarenta anos, José Lopes sublinhou os problemas que ainda subsistem em matéria de educação, saúde e emprego.

José Lopes entrevistado pela enviada especial Neidy Ribeiro

No mesmo sentido, Sande Carmona, porta-voz do MDM, terceira força política do país, considerou que o "povo não sente a independência" e que há um "neocolonialismo feito pelos próprios moçambicanos".

Sande Carmona entrevistado pela enviada especial Neidy Ribeiro

Noutro aspecto, Oldemiro Balói, ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, fez, quanto a si, um balanço positivo da diplomacia do seu país nos últimos anos e, quando questionado pela ausência da África do Sul nas comemorações, referiu que não procurou saber as razões do sucedido.

Oldemiro Balói entrevistado pela enviada especial da RFI em Moçambique, Neidy Ribeiro

 

Quanto ao ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete, falou de Moçambique como sendo um "país amigo" com o qual Lisboa mantém boas relações.

 

Rui Machete entrevistado pela enviada especial da RFI a Moçambique Neidy Ribeiro

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