Moçambique “tem aumentado esforços no combate ao crime organizado”
O ministro moçambicano do Interior afirmou esta quarta-feira, 29 de Novembro, que o Governo tem aumentado os esforços no combate ao crime organizado. Pascoal Ronda reconhece a redução dos crimes, porém defende ser urgente uma reflexão com todos os actores da sociedade para “resolver o problema de forma mais adequada”.
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O responsável moçambicano pela pasta do Interior reconhece os esforços do Governo no combate ao crime organizado no país, sublinhado que as acções têm resultado na redução destas práticas ilegais e no aumento dos detidos.
“No que refere à criminalidade organizada e transnacional, especialmente os raptos e sequestros, o Governo tem incrementado acções de prevenção e combate a este tipo de crime, resultando na redução dos casos criminais e no aumento do número de detidos em conexão dos crimes”, explicou.
Pascoal Ronda, que respondia às acusações Renamo, principal partido da oposição, sobre a “impotência do Governo” no combate aos raptos e sequestros, mostrou-se preocupado com a liberdade provisória concedida a pessoas suspeitas de crimes de raptos.
“Preocupa-nos o facto de alguns detidos verem a medida coacção alterada”, notou.
O ministro moçambicano do Interior defendeu “uma nova reflexão com o envolvimento de todos os atores, nomeadamente, o poder legislativo, executivo e judicial, para resolver o problema de forma mais adequada, apropriada e eficaz”.
O Presidente moçambicano disse esta quarta-feira que, no último ano, foram detidas 31 pessoas acusadas de crimes de rapto no país.
"Os criminosos não são fabricados pela polícia, a sociedade gera esses criminosos, mas quando aparecem, a tarefa da polícia é estar de prontidão e resolver", afirmou.
Filipe Nyusi acrescentou que a polícia desmantelou “951 quadrilhas que se dedicavam ao cometimento de crimes com recurso a arma de fogo", em Moçambique. A capital moçambicana, Maputo, tem registado, nas últimas semanas, uma nova onda de raptos, sobretudo de empresários, com suspeitas de envolvimento de agentes ligados à investigação policial neste tipo de crime.
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