Moçambique: Polémica entre Renamo e Revolução Democrática em torno dos símbolos utilizados pela RD
A polémica cresce em Moçambique entre a Renamo, partido da oposição, e a Revolução Democrática, partido formado por dissidentes… da Renamo.
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Fernando Mazanga, indicado para a CNE pela Renamo, falou aos jornalistas após o sorteio das posições dos concorrentes às autárquicas nos boletins de voto.
Para o vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique, indicado pela Renamo, a aprovação da candidatura da Revolução Democrática às eleições, tendo símbolos similares aos da Renamo, não faz sentido visto que a RD não está a respeitar o acórdão do Conselho Constitucional.
“Os símbolos que jazem na Comissão Nacional de Eleições que suportam as candidaturas do RD continuam a ostentar as figuras que o Conselho Constitucional deu dez dias para retirar”, frisou Fernando Mazanga.
Fernando Mazanga, vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique, indicado pela Renamo 03-09-2023
A polémica nasceu devido à queixa da Renamo que pede que a RD não use símbolos como as imagens de André Matsangaíssa e Afonso Dhlakama, líderes fundadores… da Renamo.
O Conselho Constitucional ordenou a troca dos símbolos da Revolução Democrática, algo que não foi respeitado segundo Fernando Mazanga, e foi por isso que o vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique, indicado pela Renamo votou contra a aceitação da candidatura da RD:
“Fomos cinco que votámos contra esta aceitação da candidatura da Revolução Democrática ostentando ainda os símbolos”, justificou Fernando Mazanga.
Recorde-se que a Comissão Nacional de Eleições de Moçambique é composta por 18 membros, sendo que os dois vice-presidentes foram indicados pelo partido no poder, a Frelimo, e pela principal força de oposição do país, a Renamo.
A CNE realizou no sábado um novo sorteio das posições dos concorrentes às eleições autárquicas de Outubro nos boletins de voto, visto que o primeiro sorteio foi anulado.
O Conselho Constitucional anulou esse sorteio e ordenou a adição da Revolução Democrática na lista de candidatos.
De notar que cerca de 8,7 milhões de eleitores moçambicanos estão inscritos para votar nas eleições autárquicas, que se realizam a 11 de Outubro. Os moçambicanos vão escolher 65 novos autarcas.
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