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Moçambique

MDM defende referendo popular sobre eleições distritais em Moçambique

Lutero Simango, presidente da terceira força política de Moçambique, o MDM, Movimento Democrático de Moçambique defendeu nesta sexta-feira a realização de um referendo para tomar uma decisão sobre um eventual adiamento das eleições distritais em 2024.

Presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango.
Presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango. © Facebook
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“Não se pode alterar a data de realização das eleições distritais sem, em primeiro lugar, consultar o povo moçambicano e esta consulta deve ser feita através de referendo popular”, considerou Lutero Simango, ontem em Maputo.

“O povo moçambicano deve decidir se quer ou não quer eleições distritais e esse processo deve ser [feito] através de votação”, defendeu o líder do MDM sublinhando que “os partidos da oposição não foram consultados” pela comissão recentemente criada para reflectir sobre a realização das distritais.

Esta estrutura criada por iniciativa do executivo da Frelimo entregou há dias um parecer recomendando o adiamento das distritais, o partido no poder tendo entretanto apresentado na terça-feira no parlamento uma proposta de revisão constitucional nesse sentido.

"A criação desta comissão para a reflexão sobre as eleições distritais e recentemente o depósito do projecto-lei para a revisão pontual da Constituição da República, é uma manifestação da arrogância e falta de respeito pelo diálogo político no país", denunciou Lutero Simango para quem "é por esta razão que Moçambique, sob a governação da Frelimo, desde a independência nacional, sempre viveu em ciclos de violência, quer violência armada, violência verbal, tudo isto por falta de um diálogo construtivo".

A eleição dos governadores provinciais desde 2019 e dos administradores distritais a partir de 2024, em vez de serem figuras designadas pelo executivo foi inserida na Constituição em 2018, no âmbito do processo de paz e em contrapartida da desmobilização do braço armado da Renamo, principal partido de oposição. Contudo, a Frelimo tem alegado encontrar obstáculos na gestão da descentralização para preconizar o adiamento das distritais, um intento contestado pelos partidos de oposição.

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