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Moçambique

Autoridades moçambicanas inviabilizam marcha de homenagem a Azagaia

A polícia inviabilizou hoje uma marcha de cidadãos anónimos que pretendiam homenagear ao rapper Azagaia falecido no dia 9 de Março aos 38 anos de vida. Este contexto de tensão resultou em vários feridos e detidos.

A polícia moçambicana está a dispersar com gás lacrimogéneo uma marcha em Maputo de homenagem ao 'rapper' de intervenção social Azagaia, que morreu há uma semana vítima de doença, Maputo, 18 de março de 2023.
A polícia moçambicana está a dispersar com gás lacrimogéneo uma marcha em Maputo de homenagem ao 'rapper' de intervenção social Azagaia, que morreu há uma semana vítima de doença, Maputo, 18 de março de 2023. © LUSA
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Hoje foi um dia conturbado na capital moçambicana onde a polícia, com recurso a gás lacrimogéneo, procura dispersar os cidadãos que pretendem homenagear o músico e activista social Azagaia, falecido há mais de uma semana.

A estátua Eduardo Mondlane, numa das principais avenidas da cidade, foi onde as forças concentraram a sua atenção e com todos os meios. Foi a situação com que se deparou David Fardo, jovem activista social e de Direitos Humanos.

"Quando chegamos aqui, encontramos a polícia que já barrava as pessoas, não podiam chegar, estava a ser lançado gás lacrimogéneo. Muitas pessoas sofreram por conta disso. Trouxeram quase todo o material bélico para impedir jovens, apenas com camisetas brancas de paz e pretas de luto. Mas isto em algum momento era uma passeata", disse o jovem activista.

A acção da polícia resultou em vários feridos e detidos entre cidadãos anónimos e políticos, segundo a activista social e dos Direitos Humanos, Quitéria Guirrengane.

"Nós queremos processar o Estado moçambicano ao nível dos tribunais da região, aqui ao nível interno, nos não vamos deixar isto barato. É preciso o Estado indemnizar todas as vítimas que fez hoje e é preciso nós garantirmos que se não querem manifestações neste país, que removam aquilo da lei. Vamos rever a lei das manifestações, vamos rever a Constituição da República, vamos dizer que é proibido manifestar na República de Moçambique porque os superiores não gostam", declarou a militante dos Direitos Humanos.

A marcha de homenagem ao músico de intervenção social Azagaia falecido há uma semana aos 38 anos de vida estava programada para todo o país.

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