Nené: «Moçambique quer continuar a fazer história, agora é chegar aos quartos-de-final»
Moçambique defronta este sábado, 21 de Janeiro, a Argélia na terceira e derradeira jornada do Grupo A da fase de grupos do CHAN de futebol.
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Um ponto é suficiente para Moçambique seguir em frente. Os Mambas têm quatro pontos após o triunfo por 3-2 frente à Líbia e o empate sem golos frente à Etiópia. Dois resultados históricos.
No triunfo perante a Líbia por 3-2, o segundo golo que permitiu a reviravolta dos Mambas foi apontado por Nené, defesa que actua no Black Bulls.
Em entrevista à RFI, Nené, defesa do Black Bulls que também passou pelo Textáfrica e pelo Costa do Sol, revelou-nos o segredo do golo que apontou.
RFI: Com o início de jogo complicado frente à Líbia, esteve preocupado que o resultado final pudesse ser a derrota?
Nené: Entramos a perder, mas isso não me deixou muito preocupado. Deixou-me mais preocupado os nossos primeiros minutos frente aos líbios. Mas o essencial é que conseguimos virar o resultado.
RFI: Como tem decorrido o CHAN com estes altos e baixos?
Nené: É a primeira vez que estou neste campeonato, não só eu mas também os meus colegas de equipa. É muita emoção até agora, mas temos de estar já focados no jogo frente à Argélia. Temos ainda hipóteses de seguir em frente, temos o nosso destino nas mãos, não dependemos de ninguém e isso é importante.
RFI: Pode nos explicar como surgiu o golo no canto?
Nené: Eu já joguei com o Nélson, no Costa do Sol, e antes do canto, eu fiz-lhe um sinal. Ele já sabe onde tem de meter a bola porque jogamos juntos alguns anos. Eu estava onde ele meteu a bola, eu correspondi e marquei. Agradecer também toda a equipa.
RFI: É complicado ser suplente e entrar no decorrer do jogo?
Nené:É diferente. Por exemplo quando saímos do banco e a equipa está a perder, estás mais tranquilo porque já estamos a perder e tens de arriscar. Quando a equipa está a vencer e entras, aí qualquer erro que cometes pode ser fatal. Frente à Líbia, estávamos a perder, então apenas tínhamos de subir e de atacar. Deu no que deu (risos).
RFI: Fizeram história neste CHAN, têm consciência disso?
Nené: Sentimos rapidamente que fizemos história neste CHAN porque nunca tínhamos pontuado e logo na primeira jornada empatamos frente à Etiópia. O empate em si foi bom, mas no fundo não foi bom porque poderíamos ter feito melhor. Pontuamos, e foram os nossos primeiros pontos na história do CHAN. Frente à Líbia foi ainda mais histórico porque vencemos, marcamos três golos e eu marquei um tento. Estamos de parabéns.
RFI: Moçambique ainda pode fazer história?
Nené: Claro, agora é fazer história chegando aos quartos-de-final.
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