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#Moçambique

Autoridades alertam para o alastrar da cólera em Moçambique

Em Moçambique, o número de mortes por cólera subiu para 16, de acordo com o Ministério da Saúde que alertou para o alastramento da doença no país perante a época chuvosa. O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi pediu que se “redobrem os cuidados de higiene”.

Macurungo, Beira, Moçambique. 27 de Março de 2019.
Macurungo, Beira, Moçambique. 27 de Março de 2019. AFP - YASUYOSHI CHIBA
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Depois de Niassa, Sofala, Zambézia, Tete e agora é a vez da província de Gaza, no sul de Moçambique, confirmar casos de cólera e já com o registo de óbitos, segundo avançou a directora provincial de Saúde, Mulássua Simango. 

"Tivemos um cumulativo de quatro óbitos, sendo que dois na comunidade e dois na unidade sanitária. Dizem as normas que se a gente tem 100 casos e que estejam com as mesmas sintomatologias de diarreias e vómitos, basta que um dê positivo, todos os casos são considerados como sendo da mesma causa", afirmou Mulássua Simango.

Esta segunda-feira, o ministério da Saúde indicou que o número de mortes por cólera subiu para 16. “Nós temos um cumulativo de 1.376 casos de cólera e 16 óbitos, que correspondem a uma taxa de letalidade de 1,2%”, disse Domingos Guiole, do departamento de vigilância em saúde pública no ministério, citado pela televisão privada STV.

O responsável alertou para o alastramento da doença para todas as províncias moçambicanas devido à “mobilidade de pessoas e bens” e a época das chuvas em curso no país. “A mobilidade de pessoas e bens pode fazer com que um caso que esteja na província de Niassa possa se mover até a província de Nampula”, afirmou Domingos Guiole. De referir que Moçambique está em plena época chuvosa e ciclónica, com ventos oriundos do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.

As autoridades apelam ao reforço das medidas de prevenção no tratamento da água para o consumo, na confecção dos alimentos, assim como no reforço da higiene individual e colectiva.  

A maioria dos óbitos por cólera têm sido registados no Niassa, no norte do país, e as autoridades suspeitam que os casos sejam importados no Malaui, país que faz fronteira com Moçambique e que tem registado casos da doença.

No domingo, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, mostrou-se preocupado com o surto de cólera e pediu que se “redobrem os cuidados de higiene”.

A cólera é uma doença que provoca fortes diarreias, que é tratável, mas que pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida - sendo causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.

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