Décimo terceiro mês em falta põe em causa Natal dos funcionários públicos em Moçambique
O não pagamento do décimo terceiro vencimento, pelo estado, aos cerca de 400 mil funcionários públicos está a pôr em causa a festa de Natal de uma parte da população moçambicana. A decisão anunciada pelo Presidente da República no seu discurso sobre o estado geral da Nação frustrou as expectativas de um final de ano condigno segundo os cidadãos entrevistados pela RFI em Maputo.
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O alto custo de vida e o anúncio pelo chefe de Eestado do não pagamento este ano do décimo terceiro vencimento para os funcionários públicos ensombra os preparativos e a celebração da festa de Natal em Moçambique. Pelas ruas da cidade de Maputo, o sentimento de frustração é quase generalizado entre os cidadãos.
"Há muita gente que está a reclamar de não ter dinheiro para poder passar um Natal feliz, mesmo para mim, como comerciante, também é um balde de água fria porque eu também dependo de pessoas que vêm para cá para o talho para poderem comprar as carnes, para poderem ter um natal e agora sem dinheiro não é possível", disse uma talhante em Maputo.
A falta de dinheiro na véspera da celebração do Natal é o que mais se ouve ao virar de cada esquina.
"Claro que foi uma má noticia, mas temos que pensar no amanhã, não é? O resto, veremos nos próximos dias", declarou um transeunte.
"Embora não concorde porque o décimo terceiro devia estar lá já como um direito adquirido, quero acreditar que a comemoração do natal é superior às nossas necessidades materiais porque estamos a falar de necessidades espirituais", declarou um outro freguês.
À celebração da festa do Natal ou dia da família, como é também oficialmente designado em Moçambique, vão juntar-se extraordinariamente 820 prisioneiros colocados hoje em liberdade, em todo o país, à luz do indulto concedido pelo Presidente da República Filipe Nyusi.
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