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Quelimane

Moçambique: Continuamos a receber cartas, mas até quando?"

A empresa Correios de Moçambique vive um processo de privatização desde 2021. Centenas de funcionários vivem numa situação de incerteza, sem saber até quando vão ter trabalho.

Correios de Moçambique na cidade de Quelimane, na província da Zambézia.
Correios de Moçambique na cidade de Quelimane, na província da Zambézia. © RFI/Lígia Anjos
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O governo moçambicano anunciou no ano passado por decreto que uma das empresas públicas mais representada no país ia ser privatizadas. Desde então, Estanislau Tenense, um dos 350 funcionários da empresa está "desesperado".

"A empresa ainda funciona. Continuamos a receber cartas nacionais e internacionais, mas até quando?", questiona o funcionário. "A empresa está num processo de extinção e vamos todos para casa, criando problemas. Estamos desesperados", explica.

Operador postal há oito anos, Estanislau trata das chegas e dos envios de encomendas. Quanto às cartas perecem estar, elas também, em vias de extinção. "O envio para fora do país é raro, enviamos mais cartas nacionais. Quando entrei aqui não sabia nada como enviar uma carta ou preencher um envelope. Aprendi muita coisa", lembra.

Nos correios há espaço para jogos da sorte. Dinis Afonso Varela trabalha em frente ao edifício dos Correios de Moçambique, na casa da fruta, e tenta a sua sorte uma vez por semana. "Estou a apostar para ganhar o prémio, mas estes jogos são complicados", confessa.

O processo de liquidação da empresa correios de Moçambique está a chegar ao fim. O governo avaliou no último ano e meio o património e as dívidas da empresa para com os 350 trabalhadores.

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