Contexto difícil não trava jornalistas do Diário da Zambézia
O diário da Zambézia existe desde 2005 como publicação independente. Uma aposta no contrapeso dos órgãos de comunicação do Estado moçambicano.
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Ouvir - 02:06
No relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras publicado no início do mês, Moçambique foi o país da África-lusófona pior classificado em 116 lugar.
No centro do país ainda é mais difícil publicar diariamente um jornal independente, explica António Zefanias, directos do diário da Zambézia.
"Ser independente significa ter mais duas pernas para andar e mais dois braços para segurar as coisas. Numa província como a Zambézia, particularmente complicada do ponto de vista político, obriga-nos a ter de fazer ginástica. Isto fere quem governa. Ferindo quem governa, ser independente é ser considerado como oposição", lamenta o director da publicação.
No entanto, o mais difícil é escrever sobre poder político sobre corrupção ou desvios de bens. "Quando precisamos de algum assunto aqui, de pequenas ou médias empresas, tudo vem de Maputo. O administrador distrital não fala porque está à espera da autorização da província e isto é uma cadeia de espera, espera, espera.. Pensamos que estes métodos diluem a liberdade de imprensar para divulgar assuntos", descreve o jornalista António Zefanias.
Nhama Armando explicou-nos os destaques da primeira página do diário da Zambézia desta sexta-feira. "Temos uma notícia em destaque sobre a crise dos transportes discutida na Assembleia provincial da Zambézia, onde o presidente estende mãos aos pareceres de cooperação para ajudar com um ou dois veículos, para facilitar a deslocação dos membros das assembleias provinciais na fiscalização das actividades governamentais", descreve.
O Diário da Zambézia sai todas os dias, de segunda a sexta-feira, nas redes sociais, em jornal diário da Zambézia.
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