Moçambique anuncia início da exploração de gás dentro de 7 meses

Em Moçambique a produção de gás natural liquefeito, na bacia do Rovuma, no norte do país, poderá arrancar dentro de sete mês, por intermédio da plataforma flutuante Coral Sul, estacionada ao largo de Cabo Delgado. O anúncio foi feito nesta quarta-feira por Filimão Suaze, porta-voz do Conselho de ministros.

O recinto de exploração de gás natural liquefeito em Moçambique e na vizinha Tanzânia tem potencial para se tornar no terceiro maior do mundo, a seguir à Austrália e ao Catar. Getty Images

Ouvido pela agência Lusa o governante moçambicano revelou que em Outubro surgem os primeiros resultados da produção em águas profundas de gás natural liquefeito.

Ao longo de 25 anos da vida útil da plataforma, previstos numa primeira fase, Filimão Suaze garante que a peritagem moçambicana se vai consolidar, com o aumento progressivo do número de nacionais implicados, 27 numa primeira fase.

A produção deve ser integralmente vendida à empresa petrolífera BP ao longo de duas décadas, com uma opção de extensão de mais 10 anos.

Esta produção insere-se na Área 4 de exploração de Moçambique, na bacia do rio Rovuma, extremo norte do país, ao largo da província de Cabo Delgado, área assolada por ataques jihadistas desde Outubro de 2017.

Há praticamente um ano o auto-proclamado Estado Islâmico tinha reivindicado ter assumido o controlo da cidade de Palma, um importante projecto de gás, gerido pela francesa Total, situando-se em Afungi, a apenas 10 kms, levando à respectiva interrupção que até ao momento não foi ainda retomado. 

Entretanto Filimão Suaze, porta-voz do Conselho de ministros de Moçambique, explicou à agência Lusa, como vai decorrer o início da produção de gás natural liquefeito nesta plataforma Coral Sul, ao largo de Cabo Delgado.

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Filimão SUAZE, porta-voz do Conselho de ministros de Moçambique, registo da agência Lusa