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Energia

Petrolífera italiana assina acordo com Governo moçambicano para produção de biocombustíveis

O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Moçambique e a petrolífera italiana Eni assinaram em Maputo um memorando de entendimento para o aumento da produção de oleaginosas que têm grande potencial no país.

Investimento em biocombustíveis vai apoiar os pequenas agricultores em Moçambique.
Investimento em biocombustíveis vai apoiar os pequenas agricultores em Moçambique. © FAO/Olivier Asselin
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Segundo o administrador e delegado da Eni em Moçambique, Giorgio Vicini, o acordo vai permitir a avaliação das oportunidades para a produção de oleaginosas que serão usadas como matéria-prima para a produção de biocombustíveis o que poderá trazer consigo outros ganhos para o ambiente.

"Vai-nos permitir dar início a um estudo de viabilidade para a identificação de áreas potenciais para a produção de sementes de oleaginosas. É importante realçar que este processo vai priorizar áreas não competitivas para  a produção de alimentos e vai tomar em consideração a proteção das florestas e sistemas naturais", disse Giorgio Vicini.

O responsável da Eni em Moçambique destacou também que o projeto vai tomar em consideração a conservação do ambiente, indicando que a iniciativa mostra o “compromisso” que a petrolífera tem com redução de gases com efeito estufa.

Para o Governo moçambicano, este acordo vai ajudar os cerca de 700 mil pequenos agricultores no país, que levam a cabo a cultura de oleaginosas.

O acordo tem como objetivo estabelecer uma plataforma de trabalho conjunta orientada para cooperação e desenvolvimento de projetos agrícolas em Moçambique para produzir oleaginosas que vão servir de matéria-prima para a produção de combustíveis”, declarou o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia.

Moçambique produz neste momento, 400 mil toneladas de oleaginosas diversas, das quais o gergelim, amendoim, a soja, o algodão, o girassol entre outros. 

A petrolífera italiana faz parte do consórcio da Área 4 da bacia do Rovuma, ao largo de Cabo Delgado, numa operação cujas previsões iniciais apontavam que a exploração das reservas começaria no primeiro semestre de 2022. Os poços que vão alimentar o projeto estão perfurados e a plataforma flutuante Coral Sul já está em Moçambique.

Esta será a primeira unidade de exploração das reservas do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo.

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