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Moçambique

Nyusi nomeia novos ministros do Interior e Defesa

O chefe de Estado Filipe Nyusi nomeou hoje três novos membros do governo moçambicano. Trata-se dos ministros da Defesa, do Interior e da Presidência para os Assuntos da Casa Civil. A indicação surge 48 horas depois do chefe de Estado ter exonerados os anteriores titulares dos cargos ministeriais.

Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique. Imagem de arquivo de 25 de Maio de 2019.
Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique. Imagem de arquivo de 25 de Maio de 2019. AFP - SIPHIWE SIBEKO
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Pela primeira vez em 46 anos de independência  o Mistério do Interior moçambicano  passa a ser  dirigido  por uma mulher. 

Trata-se  da comissária-chefe  da Migração, Arsénia Massingue, oficial superior da polícia que substitui no cargo a Amade Miquidade exonerado pelo Presidente da República.

Filipe Nyusi nomeou ainda o general  e antigo comandante  do Ramo do Exército, Cristóvão Chume, para o cargo de ministro da Defesa Nacional, substituindo Jaime Neto, também exonerado.

O chefe de Estado moçambicano deixou claro que a actual situação do país requer quadros comprometidos com a defesa da soberania.

“Um dirigente na área de defesa e segurança é proibido de apanhar sono sobretudo quando no território nacional estiver a ouvir-se os sons de tiros”, disse Filipe Nyusi.

Em comunicado, a Presidência da República informou que Constantino Alberto Bacela foi nomeado  para o cargo de ministro na Presidência para os Assuntos da Casa Civil em substituição a Adelaide Amurane, que ocupava o cargo desde 2020.

O sector da Defesa e Segurança, em Moçambique, é desde 2017, um dos principais desafios devido à insurgência armada em Cabo Delgado, norte do país, com alguns ataques a serem reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Em Julho, a ofensiva das tropas governamentais ganhou força, com o apoio do Ruanda, a que se juntou depois a SADC, permitindo aumentar a segurança e recuperar várias zonas que tinham sido conquistadas pelos rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia.

De acordo com as autoridades moçambicanas, o conflito no norte do país já provocou mais de 3.100 mortes e 817 mil deslocados

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