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Missão europeia/Moçambique

Moçambique: missão militar da UE em funcionamento até ao final do ano

O general português Nuno Lemos Pires vai chefiar a missão de treino militar da União Europeia em Moçambique e parte hoje para Maputo, no entanto, só no final do ano é que deverão estar fechados os procedimentos finais para o arranque da missão.

Posto de controlo policial Silva Macua, na Estrada Nacional à entrada dos distritos de Quissanga e Macomia, Cabo Delgado em Moçambique
Posto de controlo policial Silva Macua, na Estrada Nacional à entrada dos distritos de Quissanga e Macomia, Cabo Delgado em Moçambique LUSA - LUÍSA NHANTUMBO
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Em entrevista à agência Lusa, o general Nuno Lemos Pires começou por falar sobre os pormenores que se sabem até ao momento sobre a missão.

"O início da operação só se vai dar em Outubro. Só nessa altura é que a União Europeia vai dizer 'Launch the mission' (lançamento da missão). Ainda não foi feito porque ainda estão a decorrer as conferências de geração de forças. No dia 16 é que nós vamos ter uma maior clareza de quantos países é que efectivamente vão estar. Isto obriga a negociações, a posições, a posturas diferentes, ainda está longe de estar fechado", explicou.

O brigadeiro-general do Exército, atual subdiretor-geral de Política de Defesa Nacional no Ministério da Defesa Nacional e professor da Academia Militar, falou ainda sobre os países que darão corpo à missão.

"A única coisa que nós sabemos é que vão ser cerca de 10 a 12 países da União Europeia e provavelmente vamos ter 2 ou 3 países de fora da União Europeia que também já se voluntariaram para irem para a missão e que Portugal continua a ser firme no seu compromisso de que, se for necessário, contribuir com até 50% do efetivo. No terreno serão cerca de 120 pessoas", disse ainda.

O general Nuno Lemos Pires enumerou depois os motivos que, na sua óptica, fizeram com que Portugal fosse o país escolhido para liderar a missão.

"Portugal lidera esta missão, eu diria, de forma natural porque desde o princípio Portugal chegou-se à frente. Portugal perguntou a Moçambique: 'Precisam da nossa ajuda? O que é que vocês precisam?'. Isso foi uma construção que foi feita em pleno diálogo com Moçambique", complementou.

O atual subdiretor-geral da Política de Defesa nacional no Ministério Nacional salientou o facto de ter sido Moçambique a referir quais eram as suas necessidades.

"Moçambique é que definiu o que é que precisava, falou com Portugal de uma forma bilateral. A União Europeia pegando neste nosso passado português de plena adesão aos princípios destes tipos de missão não executivas obviamente tirou partido e tomou a iniciativa de conduzir as negociações para que isto chegasse a bom porto", rematou.

Oiça aqui um excerto da entrevista do general Lemos Pires à agência de notícias Lusa:

 

01:13

Missão União Europeia General Lemos Pires 14/09/2021

A União Europeia deverá dar a ordem de lançamento da missão em Outubro, mas apenas “em Novembro ou Dezembro” deverão estar fechadas os procedimentos finais para o arranque da missão.

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