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Moçambique/Política

Presença de tropas ruandesas em Moçambique provoca polémica interna

A presença de tropas estrangeiras divide opiniões em Moçambique. O Presidente da Republica Filipe Nyusi, justifica a necessidade urgente de se combater o terrorismo em Cabo Delgado, daí a vinda ao país de tropas ruandesas.  

Militares ruandeses  a sua chegada a Cabo Delgado, no  norte de Moçambique, no dia 10 de Julho de 2021. O contingente ruandês vai ajudar o Exército moçambicano a combater o terrorismo no norte  do país.
Militares ruandeses a sua chegada a Cabo Delgado, no norte de Moçambique, no dia 10 de Julho de 2021. O contingente ruandês vai ajudar o Exército moçambicano a combater o terrorismo no norte do país. AP - Muhizi Olivier
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De acordo com Fillipe Nyusi, que é também o Comandante-em-Chefe das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, a presença de um contingente militar de 1000 homens provenientes do Ruanda tem um único objectivo.

O chefe de Estado moçambicano sublinhou que, o objectivo da polémica presença de militares ruandeses em território nacional prende-se com o combate urgente ao terrorismo que assola a província setentrional de Cabo Delgado.

 Filipe Nyusi   afirmou  que os  militares ruandeses estão em Moçambique para ajudar a lutar contra  o  terrorismo. Segundo ele não se trata de uma visita de amizade  dos  ruandeses, mas de uma preparação para os combates com os jihadistas que operam em Cabo Delgado. 

"Então para isso, é preciso conhecer os dispositivos e o terreno. É  um processo  que passa por algumas normas, alguns princípios. Por isso é que ele está a decorrer", disse  o Presidente moçambicano.

Apesar das criticas ,devido ao facto das tropas ruandesas terem chegado a Moçambique sem o crivo do parlamento, Filipe Nyusi considera que o terrorismo é um fenómeno global e que carece de uma resposta a altura. 

O  chefe de Estado moçambicano justificou a  união necessária de países, porque  o  terrorismo  tornou-se uma  problemática mundial.

Segundo Nyusi, é evidente que a ajuda de um Estado a outro nunca é desprovida de interesses. Todavia, afirmou o presidente moçambicano, "o primeiro interesse que se tem é o de haver a paz no mundo".  

A força militar conjunta da SADC é esperada a partir de 15 de Julho de 2021, em Cabo Delgado para o combate ao terrorismo. 

Ouça aqui a correspondência de Orfeu Lisboa:

01:13

Correspondência de Moçambique, 14/7/2021

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