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Moçambique

Autoridades de Cabo Delgado pedem apoio para abrigar os deslocados

As autoridades governamentais em Cabo Delgado referem precisar de tendas para albergar os deslocados de guerra em melhores condições. A preocupação aumenta com a chegada da época chuvosa, numa altura em que parte dos 500 mil deslocados, necessitam de abrigo urgentemente.

Crianças de uma  família de 30 pessoas que fugiram dos ataques armados de Muidumbe, Cabo Delgado, e se refugiaram numa pequena casa precária na zona de Chiuba, Cidade de Pemba, 21 de Julho de 2020.
Crianças de uma família de 30 pessoas que fugiram dos ataques armados de Muidumbe, Cabo Delgado, e se refugiaram numa pequena casa precária na zona de Chiuba, Cidade de Pemba, 21 de Julho de 2020. LUSA - RICARDO FRANCO
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Valige Tauabo, governador da província da Cabo Delgado, palco de sistemáticos e brutais ataques terroristas pede mais apoios para alojar os deslocados que correm o risco de serem vítimas de outra tragédia com o inicio da época chuvosa. "A primeira coisa em que nos interagimos junto com os nossos parceiros é termos mais apoios em termos de tendas. Reencaminharmos a nossa população do local onde se encontram numa zona mais segura e com as tendas, as tendas vão servir para mitigar portanto essa situação", declarou o responsável.

Perante aumento inesperado do número de deslocados dos ataques terroristas, o Secretário de Estado da província de Cabo Delgado, no extremo norte de Moçambique, Armindo Ngunga também manifesta a preocupação. "Nós hoje estamos com mais de 500 mil deslocados. Estamos a dizer que perto de um quarto da nossa população está deslocada", constatou o Secretário de Estado da província de Cabo Delgado

Para além de solicitar apoios em abrigos para os deslocados, o governador da província de Cabo Delgado apelou também a abertura dos residentes à convivência sã e pacífica com os deslocados.

A região de Cabo Delgado, no norte do país, tem sido desde Outubro de 2017, palco de ataques insurgentes qualificados de "terroristas", alguns deles tendo sido reivindicados pelo grupo Estado Islâmico. De acordo com dados oficiais, esta conflitualidade causou cerca de 2 mil mortos e provocou uma crise humanitária, com mais de 500 mil pessoas a serem obrigadas a fugir da violência e refugiar-se noutras zonas, principalmente em Pemba no extremo norte da província, em condições frequentemente precárias.

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