Libertada portuguesa raptada em Moçambique
A portuguesa Jéssica Pequeno, de 27 anos, foi libertada na quinta-feira à noite pelos sequestradores.
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Jéssica Pequeno foi entregue à família, "ainda está em choque", mas não apresenta sinais de maus tratos físicos, avançou fonte próxima da família.
A portuguesa foi raptada na segunda-feira na Matola, arredores de Maputo, pouco depois das 8h00, quando se dirigia para o restaurante.
A vítima é filha de um casal proprietário do restaurante Burako da Velha, negócio familiar português.
O Presidente da Associação Portuguesa de Moçambique, Alexandre Ascensão, apela à calma e à necessidade de uma maior acção governamental contra este tipo de crimes.
Esta situação de raptos não significa que as pessoas comecem a fazer uma debandada geral do país, temos que ter calma, não nos podemos precipitar, teremos de ter outro tipo de cautelas no nosso dia-a-dia, com quem nos relacionamos, onde estamos, como nos deslocamos, descreve Alexandre Ascensão
O rapto de Jéssica Pequeno é o 10.º registado pelas autoridades moçambicanas este ano. As vítimas são sempre empresários ou familiares de empresários. Quanto aos raptores de Jéssica Pequeno, ainda não existem informações, e o Serviço Nacional de Investigação Criminal remeteu mais esclarecimentos sobre o caso para mais tarde.
Crise humanitária em Moçambique
A Alta-Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, exige medidas urgentes para proteger civis na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, face a relatos alarmantes de violação de direitos humanos.
“A situação é desesperante, tanto para quem está encurralado em áreas afectadas pelo conflito, sem meios de sobrevivência, quanto para os deslocados”, referiu Michelle Bachelet em comunicado.
O apelo surge depois de uma comissão parlamentar moçambicana ter apresentado na quinta-feira um relatório com a posição do Governo de que não houve violações cometidas pelos militares moçambicanos.
A violência armada está a provocar uma crise humanitária com cerca de 2.000 mortes e 435.000 pessoas deslocadas no centro e norte de Moçambique.
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