Moçambique nega envolvimento do exército em atrocidades cometidas em Cabo Delgado
Em Moçambique as Forças de Defesa e Segurança não estão a violar os direitos humanos em Cabo Delgado, garante o Ministério da Defesa, reagindo à acusação da Amnistia Internacional, que manifesta abertura para cooperar na clarificação dos actos praticados no teatro operacional no norte do país.
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Foi na voz de Omar Saranga, porta voz do Ministerio da Defesa de Moçambique, que o governo se distanciou esta quarta-feira, 9 de Setembro das acusações feitas pela ong de defesa de direitos humanos Amnistia Internacional, que em comunicado emitido no dia 9 deste mês, apela a uma investigação célere às atrocidades cometidas pelas forcas de segurança contra civis em Cabo Delgado.
"...as torturas, as tentativas de decapitação e outros maus tratos, referidos no comunicado [da Amnistia Internacional] como [tendo sido] praticados por elementos, que envergam uniforme do exército e da Unidade de Intervenção Rápida, não devem ser vistos como uma certeza definitiva"
E Omar Saranga denuncia o silêncio da Amnistia Internacional sobre as atrocidades cometidas pelos terroristas.
"...o facto de não se ter pronunciado por exemplo sobre o massacre de Chitache, onde foram assassinados mais de 50 jovens que recusaram juntar-se aos terroristas".
Ainda assim manifesta o Ministério da Defesa de Moçambique a sua abertura para colaborar no esclarecimento da violacao dos direitos humanos em Cabo Delgado, onde desde Outubro de 2017 a violência armada já provocou mais de mil mortos e mais de 250.000 deslocados, segundo as Nações Unidas.
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