Primeira edição do Canal de Moçambique depois do ataque
O semanário Canal de Moçambique foi publicado, esta quarta-feira, dias depois de ter visto a sua redacção reduzida a cinzas em consequência de um incêndio, alegadamente criminoso. A procura é grande e a situação dos raptos e os seus contornos dominam esta edição.
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É a primeira edição do semanário Canal de Moçambique após o ataque de que foi alvo no domingo. Na sua capa, e com o título “Como o sindicato dos raptos capturou o Estado”, “O amigo do Presidente fugiu”, escreve o jornal no qual pode ainda ler-se: “Carlos Camurdine, dono da Socimpex, amigo pessoal de Filipe Nyusi e padrinho de Jacinto Nyusi (filho mais velho do estadista moçambicano) também estava na planilha da “taxa de liberdade”, cobrada pela quadrilha dos raptos. Farto de pagar taxas, abandonou o país. Nem Nyusi conseguiu ajudar.”
A edição desta quarta-feira sai à rua para a satisfação de leitores como Ernesto Sito que destaca a profundeza e a frontalidade com que o jornal trata os assuntos da nação: “O Canal traz muitas coisas que outros jornais não trazem, falam de coisas, mesmo coisas quentes.”
Os raptos e os seus contornos dominam a edição do Canal de Moçambique que reserva ainda espaço para, em duas linhas, fazer menção ao caso das dívidas ocultas em que o tribunal de Londres arrola no processo o antigo chefe de estado Armando Guebuza.
Oiça aqui a reportagem de Orfeu Lisboa.
Correspondência de Moçambique, 26/8/2020
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