Guiné-Bissau: Presidente ouve actores políticos
Devem prosseguir nesta terça-feira as consultas com os actores políticos guineenses em torno do presidente José Mário Vaz. O presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, lembrou que a aprovação do programa de governo pelo parlamento foi irreversível.
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O presidente da Assembleia Nacional Popular frisou que ficou "mais uma vez patente que a Assembleia nacional popular teve razão, tem razão e continua a ter razão (...) e aconselhou-se a Sua Excelência o Senhor Presidente da República que a melhor via caso os nossos colegas não concordem com a decisão da Comissão permanente da ANP há uma única via: recorrer às instituições competentes."
Confira aqui as declarações de Cipriano Cassamá, presidente da Assembleia Nacional popular.
Cipriano Cassamá, presidente da Assembleia Nacional Popular guineense
Por sua vez o presidente da Liga guineense dos direitos humanos, Augusto Mário da Silva, enalteceu a iniciativa do presidente visando obter um consenso em torno da crise política que o país atravessa. "Os interesses superiores do país falarão mais alto do que quaisquer outros interesses", alegou o dirigente.
Confira aqui as suas declarações.
Augusto Mário da Silva, presidente da Liga guineense de direitos humanos
A aprovação na semana passada em segunda leitura pelo parlamento do programa de governo, inviabilizado na sua primeira apresentação devido à abstenção de 15 deputados do PAIGC, partido no poder, continua a suscitar ampla controvérsia.
Eles foram expulsos da respectiva força política e obrigados pela justiça a deixare os seus assentos no parlamento, tendo sido substituídos, facto que permitiu a adopção do documento que se tivesse sido chumbado podia ter levado à queda do governo de Carlos Correia.
O chefe de Estado estranha na altura tal decisão do parlamento já que estava a mediar o impasse em curso.
A incompatibilidade do presidente José Mário Vaz com Domingos Simões Pereira, ex primeiro-ministro, levaria à queda do seu governo em Agosto do ano passado e à posterior nomeação de Carlos Correia para substituir o governo efémero de Baciro Djá que fora inviabilizado pela justiça.
Em colaboração com Mussá Baldé em Bissau
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