Sectores da saúde e da educação em greve na Guiné-Bissau
Na Guiné-Bissau, esta segunda-feira arrancou uma nova greve nos sectores da educação e da saúde. Os funcionários reclamam o pagamento de salários e subsídios em atraso.
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É a segunda vaga de greve do pessoal da saúde e da educação nos últimos dois meses na Guiné-Bissau. Em causa, salários em atraso, subsídios em dívida e o pedido de reintegração de professores tirados da função pública.
Os dois sindicatos não aceitam a decisão do Governo de suspender da função pública os profissionais dos dois ramos que, por conta própria, estejam neste momento em especialização no estrangeiro. O porta-voz da Frente Comum, Yoyo João da Silva, acusa o Governo de não querer a especialização dos quadros da Saúde e da Educação guineenses.
"O Governo não está a cumprir com o seu papel porque, obviamente, é o Governo que tem a responsabilidade de criar condições para que as pessoas se possam especializar, possam ter mais nível académico porque obviamente o intuito é melhorar cada vez mais o serviço da saúde, assim como o da educação. E agora toma medidas que vão contra esta pretensão de ter pessoas com qualidade porque esta medida é dizer aos profissionais da saúde que a partir deste momento não devem ir à especialização, devem trabalhar, se calhar, ficar na mesma categoria ou com o mesmo nível académico até à reforma", afirmou Yoyo João da Silva.
Neste primeiro dos cinco dias da greve na saúde e na educação, a Frente Comum aponta para uma adesão considerável.
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