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Guiné-Bissau/Burkina Faso

Missão da CEDEAO ao Burkina “foi um sucesso”

As novas autoridades do Burkina Faso estão comprometidas com o regresso à ordem constitucional. As garantias são do capitão Ibrahim Traoré, o homem forte do país, que recebeu, esta terça feira, 4 de Outubro, a missão da CEDEAO em Ougadougou. A ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Suzy Barbosa, que integrou a delegação na qualidade de presidente do conselho de ministros da CEDEAO, fala em sucesso.

 Ouagadougou, capital do Burkina Faso.
Ouagadougou, capital do Burkina Faso. AFP - OLYMPIA DE MAISMONT
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A missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, chefiada pelo ex-Presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, foi recebida ontem, 4 de Outubro, pelo capitão Ibrahim Traoré, o novo homem forte do Burkina Faso.

A responsável pela diplomacia guineense, Suzy Barbosa, que integrou a delegação na qualidade de presidente de conselho de ministros da CEDEAO, disse que por questões de segurança o encontro decorreu no aeroporto.

“Uma missão com bastante êxito, tendo em conta a situação actual no Burkina Faso e os tumultos que se viveram na cidade. A nossa missão foi recebida no aeroporto por questões de segurança. O capitão Traoré recebeu-nos muito bem e foi muito receptivo à delegação da CEDEAO”, referiu.

Suzy Barbosa fala numa missão de sucesso, sublinhado que o novo poder está comprometido com o regresso à normalidade constitucional.

“A restauração da segurança, a resolução das questões humanitárias e o regresso à ordem constitucional, através da realização de eleições, no fim do período dos 24 meses [2024]. Ainda com a boa vontade, de que, se depender dele, esse período poderá ser ainda menor”, detalhou.

A responsável pela diplomacia guineense disse que esta delegação “manifestou boa vontade da CEDEAO em colaborar e acompanhar o processo” para o bem do país, afastando um cenário de sanções.

“Nem se quer se falou da palavra sanções, durante a visita”, reiterou.

Questionada sobre os protestos de centenas de jovens contra a França e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Suzy Barbosa disse não ter presenciado as manifestações, no entanto, defendeu que são situações “normais cada vez que há mudanças de regime”.

“Foi uma mudança constitucional feita através de um golpe de Estado. São situações habituais e muitas das vezes há orquestração das mesmas”, explicou.

A Guiné-Bissau, que preside actualmente à CEDEAO, convocou para a próxima semana, uma cimeira extraordinária para analisar a situação do Burkina Faso.

“Vamos realizar, na próxima semana, uma cimeira extraordinária sobre a situação no Burkina Faso, convocada pelo chefe de Estado em exercício, o Presidente Sissoco Embaló. Após a resolução dos chefes de Estado, que integram a CEDEAO, vamos tomar medidas convenientes. Todavia, neste momento, há uma boa colaboração e muito bom relacionamento com as novas autoridades do Burkina”, concluiu.

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