Associação guineense denuncia violência contra mulheres
A Guiné-Bissau viveu esta sexta-feira, 22 de Abril, uma vigília que denunciou, na capital, os actos de violência contra mulheres com recentes ecos da morte de uma jovem pelo pai.
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O Movimento Mindjer Ika Tambur ( MIKAT), é uma organização não-governamental e apartidária sem fins lucrativos, que pretende conscientizar a sociedade guineense sobre os direitos humanos das mulheres, através de incentivo de denúncias à práticas violentas contra mulheres e meninas na Guiné-Bissau.
Yolanda Garrafão é coordenadora da organização feminista "Minjer ka tambur" (A mulher não é um tambor) e participou no evento. "Em função do nosso trabalho e das nossas organizações, como é o caso do Movimento Mindjer Ika Tambur, que tem trazido esse assunto à tona, ao público, nos círculos familiares, mas também como sendo uma responsabilidade pública. Este movimento tem trazido mudanças nas mentalidades e nas formas de consciencialização da população para que não fiquem coniventes perante situações de violações", descreve Yolanda Garrafão.
Um processo que começou desde o início da pandemia, explica a coordenadora da organização, lembrando que, nessa altura, "surgiram caso de violências. O Movimento Mindjer Ika Tambur fez uma campanha pública para desencorajar a violência. Desde então, continuamos a trabalhar e assistimos aos pedidos de ajuda de mulheres vítimas de violência".
Yolanda Garrafão é coordenadora da organização feminista "Minjer ka tambur"
Yolanda Garrafão sublinha ainda que a violência contra as mulheres é algo universal, ao qual não escapa a Guiné-Bissau. "A Guiné-Bissau é um país que sofreu pela colonização, que de certa forma deixa essas heranças e não escapa do cenário do machismo", concluiu.
Yolanda Garrafão é coordenadora "Minjer ka tambur"
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