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Guiné- Bissau está a viver num "clima de terror"

O presidente da Rede de Defensores dos Direitos Humanos, Fodé Mané, alertou esta quarta-feira, 9 de Fevereiro, para a "vulnerabilidade" e para "clima de terror" que se vive na Guiné-Bissau. O jurista aponta o dedo à Comunidade Internacional que permanece em silêncio face à perseguição política a que estão sujeitos os activistas guineenses.

Imagem de arquivo.
Imagem de arquivo. AFP - EMILIE IOB
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O presidente da Rede de Defensores dos Direitos Humanos, Fodé Mané, visitou hoje uma das jornalistas que ficou ferida durante o ataque à rádio Capital FM, esta segunda-feira, na Guiné-Bissau.

"Estamos no hospital Militar, a equipa de concertação da organização da sociedade civil veio inteirar-se do estado de saúde em que se encontra a nossa colega Maimuna Bari ver o que é preciso fazer para resolver a sua condição de saúde", explicou.

Fodé Mané, alertou para a "vulnerabilidade" e para "clima de terror" que se vive na Guiné-Bissau.

"Aquilo que aconteceu à nossa colega Maimuna Bari e ao Dr. Rui Landim mostra a vulnerabilidade em que está a nossa sociedade. Estamos perante um Estado, que para além de não estar em condições de garantir segurança às pessoas, ainda permite que os seus meios e os seus agentes sejam utilizados para criar um clima de terror e de medo. Há uma sensação de insegurança, de terrorismo, em que todo o mundo está vulnerável e indefeso neste momento”, explicou. 

O jurista apontou o dedo à Comunidade Internacional que permanece em silêncio face à perseguição política a que estão sujeitos os activistas guineenses.

"Os activistas que lutam para que os direitos humanos sejam respeitados estão a ser perseguidos, estão a ser ameaçados e não há uma correspondência em termos de solidariedade, de apoio internacional, os activistas sentem-se abandonados nesta luta", denunciou.

Fode Mané disse ainda que a solidariedade que o Governo recebeu durante a alegada tentativa de golpe de Estado, na semana passada, não é a mesma que está a ser dada às vítimas de perseguição política.

“O que aconteceu no dia 1 de Fevereiro é muito grave, mas a solidariedade que foi prestada ao Governo, ao poder político, não corresponde minimamente com a atenção que está a ser dada às questões de violação dos Direitos Humanos”, concluiu.

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