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Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: Idriça Djaló denuncia intimidação em agressão contra trabalhadores

O líder do Partido da Unidade Nacional na Guiné Bissau deu hoje uma conferência de imprensa para denunciar uma campanha de intimidação lavada a cabo por elementos armados contra trabalhadores da sua fazenda. Idriça Djaló refere que em causa poderiam estar declarações que fez sobre a implicação do primeiro ministro Nuno Nabian e o líder do Madem, Braima Camara, no corte e apropriação de madeira entre 2012 e 2014. 

Idriça Djaló, líder do PUN, Partido da Unidade Nacional, nos estúdios da RFI a 26 de Dezembro de 2018.
Idriça Djaló, líder do PUN, Partido da Unidade Nacional, nos estúdios da RFI a 26 de Dezembro de 2018. RFI/Miguel Martins
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Na Guiné-Bissau Idriça Djaló, do Partido da Unidade Nacional, denuncia uma campanha de intimidação protagonizada por elementos armados contra trabalhadores de uma fazenda sua.

Estes trabalhadores que, na sua ausência, levavam a cabo obras do seu terreno teriam sido molestados e feridos por agentes da guarda nacional.

Uma ocorrência que o político guineense crê estar relacionada com as denúncias que tem feito quanto à exploração ilegal de madeira das matas guineenses rumo à capital por agentes da guarda nacional para ser enviada para a China.

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Idriça Djaló, presidente do Partido da Unidade Nacional da Guiné-Bissau, 22/1/2021

"Esta madeira que estava no interior do país, nas matas da Guiné começou a ser trazida para Bissau. O primeiro-ministro Nuno Gomes NaBiam, num terreno que pertence ao senhor Braima Camara, montaram uma enorme serração de madeira para a exportar para a China.

Eu levantei-me contra isso ! A Polícia Judiciária foi aprisionar madeira que foi trazida do interior por agentes da Guarda Nacional para um sítio que se chama "Antigo Stenaks"onde está a serração que pertence a Nuno Gomes Nabiam, primeiro-ministro !

O Nuno Gomes NaBiam foi o principal devastador das florestas da Guiné ! E foi com o produto desta devastação, da venda desta madeira que ele entrou na política e que ele chegou a ser candidato à segunda volta das eleições presidenciais.

Como eles sabem que eu estou contra, que eu vou ficar de pé contra esta manobra criminosa... houve uma caminoneta da Guarda Nacional, vieram de Bafatá. Eles sabiam que eu não estava lá. Agrediram violentamente os meus trabalhadores, dois ficaram com ferimentos na cabeça, outro no braço.

A mensagem que eles quiseram me passar [foi ] "Podemos vir até à tua casa, violentar o teu pessoal, podemo-nos atacar a ti, por-te na cadeia e, provavelmente, te matar !""

Até ao momento a RFI não conseguiu contactar o primeiro-ministro guineense para lhe pedir uma reacção ao caso.

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