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Revista de Imprensa

Perspectivas de crise económica no horizonte em França e no mundo

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As primeiras páginas da imprensa francesa vão da crise económica que se perspectiva em França com o coronavírus, passando pelo desmoronamento do turismo em Portugal ou a violência na Líbia.

Perspectivas de crise económica em França e no mundo por causa da pandemia do coronavírus.
Perspectivas de crise económica em França e no mundo por causa da pandemia do coronavírus. © rfi/Miguel Martins
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Abrimos com LE MONDE que titula, a economia francesa atingida por um choque inédito. França conhece a queda mais importante da sua actividade desde 1949. O PIB recuou 5,8 % no primeiro trimestre, que inclui os 15 primeiros dias do confinamento desde 17 de março.

Esta baixa de actividade  é superior àquela registada no segundo trimestre de 1968, altura em que as grandes greves tinham paralizado o país, com um PIB em baixa nos 5,3 %. 

Por seu lado, LE FIGARO, titula, transportes nos carris, o grande desafio do 11 de maio. Devemos ter medo de viajar nos transportes públicos? A promiscuidade é a melhor aliada do coronavírus mas é possível limitar os riscos de contaminação.

O principal aliado da propagação do vírus é o número de interacções sociais. Logo, a melhor das protecções é o distanciamento. Mas porque é difícil gerir o distanciamento em espaços fechados como os transportes públicos, o uso de máscara tem de ser generalizado como solução para limitar os riscos pois impede a projecção de gotículas respiratórias, acrescenta, LE FIGARO.

Por seu lado, L'HUMANITÉ, faz o seu titulo com 1°de maio, lugar aos verdadeiros primeiros líderes do grupo.  Mesmo confinados, manifestações no 1° de maio, afirma a central comunista CGT no seu portal Internet.

Para circunstâncias excepcionais mobilização excepcional e porque não se pode fazer os tradicionais  desfiles do dia internacional dos trabalhadores, as organizações sindicais encontraram outros meios para exprimir as suas reivindicações como concertos de caçarolas nas varandas dos apartamentos.

Também; LIBÉRATION, titula, há dois meses que numerosos franceses mudaram radicalmente a sua maneira de trabalhar. Se as novas tecnoclogias permitiram a continuação de diversas actividades, e demonstraram certas vantagens, registaram-se também muitas derivas.

O teletrabalho tem certas vantagens para uns mas provoca efeitos negativos para outros. 5 milhões de franceses estão a trabalhar à distância. Um diz que é um êxito, porque a sua empresa pôs à sua disposição computadores em casa, outro afirma que tudo é caótico poque teve que levar para o apartamento o computador, a impressora e arquivos do escritório. 

’Por seu lado, AUJOURD'HUI EN FRANCE, destaca o programa de emergência do Banco central europeu que pode ser prolongado para lá de 2020. O governo francês consulta os parceiros sociais sobre as diferentes modalidades de fim de quarentena de 11 de maio, depois de ter tido acesso a relatórios sobre os estragos causados pelo coronavírus à actividade económica.

Grécia, excepção grega, Portugal e Rio de Janeiro

 LA CROIX, destaca a Grécia, excepção grega, apesar de os gregos terem fama de indisciplinados,respeitaram a quarentena. Após 10 anos de austeridade, os gregos sabem que o seu sistema de saúde não está altura de enfrentar a epidemia, logo seguiram todos os conselhos das autoridades. 

LE FIGARO, destaca o Brasil, onde a fractura social disparou devido à epidemia. A crise sanitária afastou ainda mais o asfalto da cidade moderna do Rio de Janeiro do morro.

De Arpoador, na extremidade chique da praia de Ipanema, basta erguer os olhos para se ver a favela de Vidigal. São dois mundos vizinhos e longe um do outro, a cidade moderna de turistas, butiques, restaurantes, museus, antigos palácios colonais, e a cidade invisível da favela, dos operários, catraeiros, criadas, artesãos ou traficantes em guerra permanente abandonados pelo Estádio, nota LE FIGARO. 

LE MONDE, descreve, do seu lado, o desmoronamento do turismo na Europa do sul, nomeadamente, em Portugal, onde o coronavírus suscita angústias e esperanças 

O empresário português Bruno Gomes, observa as ruas do Porto da janela, repassa o filme duma cidade pujante de há 15 anos um dos destinos turísticos de primeiro plano que de repente se tornou triste e deserto. Tudo encerrado desde a pandemia que mergulhou Portugal no estado de emergência desde 18 de março, nota, LE MONDE.

Sobre o continente africano, o mesmo vespertino, refere-se à Líbia, na capital Trípoli, violentas manifestações num contexto político explosivo. Com a economia de rastos, a  cidade está mergulhada no desespero. É o regresso da mobilização popular mas tendo em frente manipulações políticas.

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