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Revista de Imprensa

França, em tempo de coronavírus, o mal-estar nos lares de idosos

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A imprensa francesa continua fagocitada pela pandemia do coronavírus analisada nos seus diferentes ângulos e perspectivas. 

França, coronavírus e o mal-estar nos lares de idosos que se sentem isolados e abandonados
França, coronavírus e o mal-estar nos lares de idosos que se sentem isolados e abandonados © João Matos
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LE MONDE, titula, o coronavírus provocou um êxodo mundial inédito. No caso de Paris, como é que um mês de confinamento mudou o rosto da capital.

Paris ficou deserto depois de 12 de março por ocasião da primeira volta das eleições municipais. Uma capital deserta, vazia, quase parada durante esta crise.

Em entrevista ao mesmo vespertino, o filósofo francês, Edgar Morin, afirma que uma das consequências desta crise é que deve abrir os nossos espíritos há muito tempo confinados. 

Por seu lado, LA CROIX, titula sobre a grande solidão dos velhos. Porque se sabe que para os idosos o confinamento é sinónimo de isolamento o governo anuncia uma flexibilidade do diireito de visita. No Palácio do Eliseu está excluído levantar o confinamento sob critério da idade.

Se o princípio do livre arbítrio dos idosos é um dado adquirido, a fase do fim da quarentena é tida como muito complexa sobretudo para os avós.

Alguns lançam gritos de alerta sobre a polémica de um confinamento prolongado para os idosos, durante a pandemia, sublinha, LA CROIX.

O foco do LIBÉRATION, vai para lares de idosos doentes, os meandros de um desastre. Desde o começo da pandemia 7 649 morreram nas casas de idosos em França. 

É preocupante quando se sabe que a maioria desses estabelecimentos para idosos pertence ao grupo Korian, líder europeu no ramo, cotado na Bolsa de Valores, que falhou na gestão da crise.

Numa dessas casas para idosos, "la Riviera de Mougins", todos os 36 residentes morreram.Em França desde 1 de março, 511 dos idosos mortos foram do coronavírus e é um balanço provavelmente, subestimado, sublinha, LIBÉRATION.

Por seu lado, LE FIGARO, titula coronavírus, a questão decisiva da imunidade.  Segundo o primeiro ministro francês, a crise sanitária não terminou.

Uma evidência, mas sobretudo uma advertência aos franceses que após um mês de confinamento dos dois impostos pelo governo já se projectam para opós 11 de maio, data avançada pelo Presidente Emmanuel Macron, para o regresso progressivamente à vida normal.

"A nosssa vida a partir de 11 de maio não vai ser aquela que tivemos antes desta epidemia e provavelmente durante muito tempo," preveniu, o chefe do governo. 

A nível, internacional, L'HUMANITÉ, destaca os Estados Unidos, covid-19, como estava inscrita no trumpismo a carnificina americana. Sistema de saúde caro e desigual, rede de protecção social insuficiente, disfunções do Estado Federal, são as classses populares que pagam as contas duma catástrofe que podia ser evitada.

A vontade de Trump em reabrir a economia a todo o custo coloca o país numa tensão política jamais vivida nos anais da história americana.

Por ocasião do seu discurso de investidura de janeiro de 2017, Donald Trump, pintava, sob influência do seu conselheiro da extrema direita,  Steve Bannon, um quadro de "carnificina americana", puramente fantasiado.

A autoficção tornou-se uma realidade, no país, com 700 000 casos positivos do coronavírus, cerca de um terço dos casos mundiais, 39 000 mortes e 22 milhões de americanos que perderam os seus empregos, dos quais uma boa parte ficou sem seguro de doença, acrescenta, L'HUMANITÉ. 

Por seu lado, LE MONDE, dá relevo ao Canadá, onde um homem armado matou mais de 10 pessoas sendo morto por sua vez pela polícia. O homem estava fugido desde sábado quando foi descoberto na povoação de Portápica, em Nova Escócia, no leste do Canadá.

Enfim, sobre o continente africano, o mesmo vespertino, refere-se ao Mali, que foi a votos este domingo apesar dos ataques jiadistas e da epidemia do coronavírus. Os malianos votaram para eleger os seus deputados numa segunda das legislativas marcadas por incidentes e violência dos jiadistas, mas também pelo coronavírus e o rapto de Soumaïla Cissé, principal opositor ao regime do Presidentee Ibrahim Boubacar Keïta. .

LE MONDE, destaca ainda a Nigéria, onde vários ataques organizados e simultâneos de bandidos armados no norte fizeram mais de 47 mortos. 

 

 

 

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