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Revista de Imprensa

Sem remédio ou vacina para coronavírus no horizonte recessão económica

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As primeiras páginas da imprensa diária francesa continuam a estar dominadas por análises e reacções à pandemia do coronavírus.  

Crise do coronavírus e prospectiva de recessão económica mundial
Crise do coronavírus e prospectiva de recessão económica mundial © João Matos
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LE MONDE, titula, diário de crise das batas brancas. Estão na linha da frente da pandemia. No hospital ou em postos de saúde, enfermeiras, pessoal do banco de urgências, as batas brancas estão perante um quotidiano profissional completamente inédito.

De destacar neste diário da crise do coronavírus, uma enfermeira dum hospital afirmando que o medo é que a crise dure meses. Uma médica, diz que da angústia, ao desfalecimento, a pressão baixa e a confiança regressa, sublinhando estar impressionada com a cadeia de solidariedade nacional que tem havido para com o pessoal médico e curativo.

O vespertino destaca ainda que o coronavírus  já fez mais de 90 mil mortos no mundo e vem a seguir uma crise económica terrível. As medidas de quarentena que abrangem cerca de 4 mil milhões de pessoas no mundo, fazem temer uma recessão global. Uma estratégia adoptada para travar a doença, mas que paralisa a economia mundial. 

Segundo um último balanço da pandemia para além das 90 mil mortes no mundo o coronavírus já infectou pelo menos 1,5 milhão e meio de pessoas em 192 países e territórios. Mas estes números subestimam a dimensão real da crise sanitária planetária pois vários mortos fora dos hospitais não são verificados nem contabilizados, caso dos Estados Unidos, onde as regras são diferentes duma jurisdição para uma outra, nota, LE MONDE.

Também, LIBÉRATION, puxa para título, coronavírus: trabalho com dor na barriga. Serviço de entregas ao domícilio, caixeiras, motoristas de autocarro, continuam a trabalhar para manter aquecida a máquina da economia. Mas face aos riscos que correm exigem garantias.

Os trabalhadores têm medo face ao coronavírus e as enfermeiras  são vítimas de agressões diversas.

LE FIGARO, titula, cloroquina: Macron jão não afasta o tratamento do Professor Raoult. Na quinta-feira os resultados de um novo estudo do Pr Didier Raoult foram divulgados no site do Instituto universitário hospitalar de doenças infecciosas de Marselha.

Outro dado novo foi a visita a Marselha do Presidente Macron, com o Palácio do Eliseu tentando contextualizar a visita garantindo não se tratar duma arbitragem entre os pró e anti-Raoult.

Foi uma visita que nao legitimiza um protocolo cientifíco mas  que demonstra o interesse do chefe do Estado por ensaios terapêuticos quer sejam prometedores ou não, insistem círculos próximos do Presidente.

Desde o começo da epidemia, o professor Raoult gaba-se das virtudes de um rastreio de massa da população e os bons resultados da hidroxicloroquina, associada ao antibiótico, azitromicina, na luta contra o coronavírus, sublinha, LE FIGARO.

Por seu lado, LA CROIX, titula, uma experiência espiritual inédita. Nesta semana santa as penas infligidas pela pandemia conduzem os cristãos ao fundamental da sua fé. Paralelamente citações duma  entrevista do Papa à imprensa americana, declarando que na Cúria toda a gente trablha, não há preguiçosos.

Todos trabalham no Vaticano ou em casa apetrechados com aparelhos digitais, acrescenta, o Papa Francisco, citado por LA CROIX.

Anunciada redução da produção de petróleo

Mudando de assunto, LE MONDE, dá relevo à paz frágil entre a Rússia e a Arábia saudita que não convence o mercado petrolífero. Os países da OPEP e a Rússia, estão de acodo em reduzir a sua produção de petróleo em 10 milhões de barris por dia entre maio e junho. Ou seja 10% do consumo mundial antes da epidemia do coronavírus, nota LE MONDE. 

Sobre o continente africano, o mesmo vespertino, destaca coronavírus: África subsaariana amaeaçada pela recessão e crise alimentar. 

Segundo o Banco Mundial, a África do sul, Angola e Nigéria serão os países mais afectados, com contracções previsíveis dos seus PIB de 6% a 7%. A pandemia poderá mergulhar a África subsaariana na recessão este ano, a primeira vez nos últimos 25 anos, advertiu o Banco mundial que alerta igualmente para uma crise alimentar.

O mundo não enfrentou uma tal situação desde a segunda guerra mundial. Vamos viver a pior recessão mundial, que atingirá também a África, resumiu, Albert Zeufack, economista chefe da instituição para a África. 

As previsões económicas para 2020 são desastrosas em África, apesar do continente ter sido poupado até agora pelo covid-19, afirma o Banco Mundial no seu relatório tornado público em Washington, sublinha, LE MONDE.

Enfim, LIBÉRATION, dá relevo ao trabalho do pessoal médico no Instituto Pasteur de Tunes, onde se efectua a maioria dos testes do coronavírus na Tunísia, sexto país africano mais afectado. Os pacientes chegam-nos de todo o país e eu há 6 dias que não dei um beijo à minha filha de 6 anos, afirma uma investigadora, ao LIBÉRATION.

04:07

Revista de imprensa do dia 10 de Abril de 2020

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