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França reforça guerra contra grupo EI, escreve Le Figaro

A decisão da França de ampliar sua ofensiva contra o Grupo Estado Islâmico no Iraque é analisada pelos jornais franceses desta terça-feira (24). Paris decidiu enviar o porta-aviões Charles de Gaulle para participar da coalizão internacional contra o movimento jihadista. O envio marca a determinação francesa no combate à ameaça terrorista, sete semanas após os atentados de Paris. O governo francês também atua internamente. Na segunda-feira (23), seis candidatos franceses a combatentes do grupo Estado Islâmico tiveram seus passaportes confiscados.

Capa do jornal francês Le Figaro desta terça-feira, 24 de fevereiro de 2015.
Capa do jornal francês Le Figaro desta terça-feira, 24 de fevereiro de 2015.
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Le Figaro diz que a guerra contra o movimento ultrarradical foi assumida pela França, que aumenta seu poder de fogo contra o grupo Estado Islâmico. O jornal escreve que o porta-aviões Charles de Gaulle, enviado na segunda-feira ao Golfo Pérsico, já efetuou seus primeiros ataques contra o movimento jihadista no Iraque.

O porta-aviões francês integra a força internacional comandada pelos Estados Unidos. Um especialista ouvido pelo Le Figaro afirma que essa decisão “concretiza a autoridade da França como primeiro aliado americano na coalizão”. A esquerda aprova e a direita está divida com esse aumento da participação francesa na ofensiva, afirma o diário.

Esse engajamento francês na guerra tem um preço, lembra em tom de advertência o jornal conservador: € 1,13 bilhão foi o custo total das operações militares francesas em 2014, não só no Iraque, mas também em países africanos. O valor representa o dobro do orçamento inicial previsto.

Marco simbólico

Para Les Echos a França ultrapassou uma marca simbólica. Com o envio do porta-aviões Charles de Gaulle a França aumenta sua ação militar e passa a ser a segunda força aérea contra o grupo Estado Islamico, atrás somente dos Estados Unidos.

A determinação da França nesse combate é um recado aos aliados ocidentais, mas também uma advertência aos jihadistas, acredita o jornal. Les Echos lembra que os vídeos ameaçadores do grupo Estado Islâmico apontam a França como seu pior inimigo depois das manifestações provocadas pelos atentados contra o jornal Charlie Hebdo, em janeiro.

Luta interna

Os jornais de hoje repercutem a decisão do governo de ter confiscado, na segunda-feira, seis passaportes de franceses que pretendiam ir à Síria participar dos combates ao lado do grupo jihadista. Le Parisien diz que a decisão radical é a primeira de uma série. Ela foi possível com a entrada em vigor de uma nova lei antiterror, que luta contra as viagens e o recrutamento desses jovens pelo grupo Estado Islâmico.

Cerca de 40 outros casos, homens e mulheres, estão sendo estudados e poderão também ser impedidos de viajar ao exterior. Libération explica que, até agora, somente os menores de idade podiam ter seus documentos de identidade confiscados. Com a nova lei, votada em novembro, os maiores de idade também são visados, desde que as autoridades acreditem que eles vão participar de crimes de guerra ou de atividades terroristas quando voltarem ao território francês. Citando dados oficiais, Libé informa que 1.400 franceses ou residentes franceses estão atualmente envolvidos de alguma maneira com o jihadismo.
 

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