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África do Sul/Oscar Pistorius

Promotor acusa Oscar Pistorius de homicídio doloso

Aconteceu nesta quinta-feira (7) na África do Sul a penúltima audiência do processo do atleta paralímpico sulafricano Oscar Pistorius, julgado pela morte da namorada Reeva Steenkamp. A acusação pediu sua condenação por "assassinato". De acordo com o promotor Gerrie Nel, é inconsistente a defesa de Pistorius, que afirma ter confundido a modelo com um assaltante e, num ataque de pânico, atirado quatro vezes contra ela.

Oscar Pistorius escuta o discurso do promotor Gerrie Nel nesta quinta-feira (7)
Oscar Pistorius escuta o discurso do promotor Gerrie Nel nesta quinta-feira (7) REUTERS/Siphiwe Sibeko
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Para o promotor, Pistorius teve intenção de matar e premeditou o crime quando carregou a arma, depois que os dois tiveram uma briga violenta. Neste caso, ele poderia pegar até 25 anos de prisão sem direito a redução de pena. E mesmo se não tivesse, ele não poderia escapar ao crime de homicídio culposo, já que de fato atirou contra um ser humano sem ser diretamente ameaçado.

"Versão inventada"

No requerimento escrito entregue ao juiz e repassado à imprensa, Gerrie Nel afirma que "se rejeitar a falsa versão inventada pelo acusado, a corte não terá outra escolha senão admitir que ele sabia que a vítima estava no banheiro e, mesmo assim, atirou quatro vezes contra ela, com a intenção de matar". Para ele, que listou 13 "mentiras" da defesa, a versão de Pistorius é um "mosaico" inconsistente.

Primeiramente, ele havia dito que atirou num gesto de autodefesa ao ouvir barulhos no banheiro. Depois, ele passou para a tese de que os disparos foram involuntários. Nel questionou por que ele não verificou se a namorada estava na cama antes de puxar o gatilho: "Um comportamento normal seria comentar com a companheira os barulhos estranhos, principalmente se ele tinha a intenção de protegê-la. No mínimo, a pessoa verificaria se a outra está sã e salva", antes de atirar.

Depois do discurso de Gerrie Nel, o advogado de Pistorius, Barry Roux, tomou a palavra e falou brevemente dos "erros" do procurador. A audiência durou cinco horas. Ele deve discursar novamente na manhã de sexta-feira, último dia da audiência. A juíza Thokozile Masipa dará seu veredicto em uma data posterior, pondo fim a uma longa novela judiciária que divide os sul-africanos desde 3 de março.

 

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