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França/Imprensa

Les Echos associa posições do Brasil nos rankings da economia e da Fifa

Os jornais desta segunda-feira (29) trazem manchetes variadas. Enquanto o diário conservador Le Figaro estampa na capa uma matéria sobre a volta à vida pública do ex-presidente Nicolas Sarkozy - que havia prometido se aposentar após a derrota para François Hollande nas últimas eleições presidenciais -, o Libération dedica duas páginas à destruição na Faixa de Gaza. Les Echos relaciona a melancólica saída do Brasil na Copa do Mundo ao mal-estar que o país enfrenta na economia, às vésperas da eleição. 

Vista do estádio do Maracanã.
Vista do estádio do Maracanã. REUTERS/Lucas Landau
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A matéria começa relacionando a "recepção hostil" dos torcedores ao anúncio de Dunga para o cargo de técnico da seleção à desilusão dos brasileiros com a economia. "O Brasil cai", escreve o jornal, "para o sétimo lugar no ranking da Fifa. Por coincidência, esta é a mesma classificação do Brasil na economia mundial, em termos de PIB nominal". O jornal lembra que o Banco Central anunciou uma série de medidas para estimular o crédito em mais de R$ 45 bilhões, em meio a um contexto de alta de preços - a inflação chegou a 6,52% em junho.

"O Banco Central envia mensagens contraditórias", avalia um analista ouvido pelo Les Echos. "De um lado, ele mantém altas taxas de juros e, do outro, aumenta a liquidez". O jornal observa ainda que o FMI reviu as previsões de crescimento para este ano de 1,8% para 1,3% e de 2,7% para 2% em 2015, ao mesmo tempo em que os mercados emergentes devem progredir respectivamente 4,6% e 5,2%. "Seja quem for o vencedor das eleições de outubro, o futuro chefe do Estado terá um grande desafio para vencer o pessimismo em todas as esferas e relançar o crescimento".

A volta de Sarkozy

Le Figaro cita um discurso do ex-presidente na sexta-feira, no Congo, como exemplo do atual estado de espírito dele. Em um fórum sobre penetração bancária na África, ele afirmou que "a pior forma de conduzir a política de um país é com a obsessão do consenso. O mundo funciona em uma velocidade impressionante e uma boa decisão é aquela que é tomada num bom momento. Se você espera um consenso para tomá-la, você a toma tarde demais e ela se torna então uma má decisão".

Para Le Figaro, ele faz alusão à sua volta à vida pública, que não é exatamente um consenso. Mas é verdade que o partido dele não conseguiu se recuperar das últimas crises internas e parte do eleitorado à direita quer um homem forte para resolvê-las.

O problema é que Sarkozy pode não ser tão "homem forte" assim: no início deste mês, ele foi indiciado por corrupção ativa, tráfico de influência e encobrimento de violação de segredo profissional. Mas, o secretário interino da UMP, Luc Chatel filosofa ao Figaro que "retomar um órgão à beira da falência e recuperá-lo é a melhor forma de criar valor".

Faixa de Gaza

Mais de 1120 palestinos morreram desde o início da operação israelense contra a Faixa de Gaza. Na imensa maioria, civis. Para o Libération, estes números são retratos do que o diário progressista chama de "caos a seu aberto" em sua manchete.

Na página ao lado, fotos de palestinos que caminham sobre os escombros incompreensíveis do que um dia foram suas casa e de um homem que grita ao levantar um pano ensanguentado no formato de um pequeno corpo humano.

A legenda da imagem diz: "sexta-feira, durante o funeral de uma criança de um ano, vítima do bombardeio contra a escola das Nações Unidas no bairro de Beit Hanoun. Em editorial, o Libé lembra o direito de Israel à legítima defesa contra os ataques do Hamas, mas afirma que isso não pode justificar qualquer coisa.

 

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