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Imprensa

França lança campanha para preservar memória da Primeira Guerra Mundial

O feriado de 11 de novembro na França é um dia para lembrar do fim da Primeira Guerra Mundial. Essa efeméride histórica aparece com destaque nos jornais, mas, com uma pitada de crítica ao governo socialista do presidente François Hollande, como é o caso do jornal Le Figaro desta segunda-feira.

Foto de 1918 da de tropa marroquina do exército francês que lutou na Primeira Guerra Mundial.
Foto de 1918 da de tropa marroquina do exército francês que lutou na Primeira Guerra Mundial. Editions de la nuée bleue
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Para o jornal Le Figaro, a data vai ser usada por François Hollande para tentar criar um sentimento de unidade nacional nesses tempos de crescente insatisfação popular. A lembrança dos combatentes que lutaram pela França nessa guerra e em outros conflitos e a defesa dos nobres ideiais da República Francesa devem ser usados pelo chefe de Estado francês como elementos importantes do seu discurso.

No ano que vem, o início do conflito, que durou de 1914 a 1918, completará 100 anos. E, a partir de hoje, a França fará uma série de eventos para marcar essa data. Essas comemorações foram batizadas de "missão do centenário". Ao todo, serão investidos 15 milhões de euros (R$ 45 milhões) em projetos pedagógicos e culturais ligados à Primeira Guerra Mundial.

Um desses projetos é uma operação de doação de objetos pessoais e cartas dos ex-combatentes. Até o próximo sábado, quem tiver esses documentos com valor histórico poderá doá-los ao serviço nacional de arquivos da França que vai digitalizar todos esses papéis, informa o jornal Aujourd'hui en France. O objetivo é fazer com que os vestígios do conflito não sejam esquecidos. Vários franceses guardam em casa cartões-postais, fotos, uniformes medalhas e uma série de documentos considerados preciosos e que o governo francês gostaria que estivessem à disposição de todos os franceses.

Outro evento é uma grande a operação da Biblioteca Nacional da França para trazer à tona arquivos pessoais. Esse, aliás, é um dos destaques da primeira página do jornal Libération. Entre os objetos mais preciosos já catalogados, está uma coleção de cinco diários de um jovem civil que morava em uma pequena aldeia do Nord Pas de Calais no norte da França. Rico em detalhes, os cadernos trazem observações que nem mesmo os historiadores tinham conhecimento.

Prostitução

Além das comemorações do fim da guerra, outro grande destaque da edição do Libération de hoje é a polêmica em torno do projeto de lei que criminaliza os clientes das prostitutas. Para o jornal, a lei, que deve ser votada no próximo dia 29 de novembro, é inútil e, dificilmente, vai ser aplicada.

Os defensores da legislação argumentam que, ao penalizar os clientes, as prostitutas passam do papel de delinquentes para o de vítimas, o que poderia ajudá-las numa futura inserção social. Mas os críticos dizem que essa lei pode levar a prostituição a ser praticada em bordéis clandestinos onde as mulheres poderiam ficar numa situação de dependência e submissão ainda maior. Os especialistas dizem ainda que não vai ser fácil identificar se uma relação sexual foi ou não paga.

 

 

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