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Síria

Síria começa a destruir arsenal químico neste domingo

Considerado como um dos mais importantes do Oriente Médio, o arsenal químico sírio começa a ser destruído neste domingo. Especialistas da OIAC (Organização para a Proibição de Armas Químicas) e das Nações Unidas são os responsáveis pela operação. Os locais de fabricação das armas também serão desativados.

Equipe de especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas começa a destruir arsenal de armas químicas na Síria.
Equipe de especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas começa a destruir arsenal de armas químicas na Síria. REUTERS/Khaled al-Hariri
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A equipe de inspetores chegou à capital Damasco no dia 1° de outubro passado. O objetivo é cumprir com a resolução da ONU que foi elaborada a partir do acordo franco-americano. Segundo o texto, todo o arsenal químico da Síria terá que ser destruído até o final do primeiro semestre de 2014. Ao concordar com os termos da resolução, o governo de Bashar Al-Assad evitou a ameaça de uma intervenção militar dos Estados Unidos no país.

Um relatório das Nações Unidas divulgado no mês passado revela que, em 21 de agosto desse ano, armas químicas foram usadas no conflito entre o governo sírio e a oposição. O documento não culpa diretamente as forças oficiais, mas enfatiza que existem “provas evidentes e convincentes” do uso de gás sarin. O governo e os rebeldes se acusam mutuamente.

Analistas de geopolítica da organização independente Nuclear Threat Initiative afirmam que o programa de armas químicas sírio começou nos anos 70 com a ajuda do Egito e, posteriormente, da ex-União Soviética. A partir dos anos 90, a Rússia e o Irã passaram a ser aliados militares da Síria.

O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos enfatiza que o arsenal químico sírio seria uma reação ao programa nuclear israelense. Mas, de acordo com o Washington Post, com base em relatório confidencial da Casa Branca, grande parte das armas sírias não estaria em condições de uso. Ao todo, estima-se que o país possua mil toneladas de arsenal químico, dos quais 300 toneladas de gás mostarda. Os serviços de inteligência franceses afirmam ainda que a Síria detém estoques de produtos tóxicos que causam danos neurológicos ainda mais intensos que os provocados pelo gás sarin.

Entrevista

Em entrevista à revista alemã “Die Spigel" neste domingo, o presidente sírio admitiu ter cometido “erros” na gestão da crise com os rebeldes em março de 2011. Ele afirmou, porém, que suas decisões foram “fundamentais” e “justas”. “Foram cometidos erros pessoais. Sempre cometemos erros. Mesmo um presidente comete erros", reiterou.

Sobre a responsabilidade do regime e dos rebeldes na escalada da violência no conflito, ele disse que a realidade “não é branca ou preta” apenas. Desde março de 2011, quando eclodiu uma revolta popular contra o regime, 115 mil pessoas já morreram no país.

 

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