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Sucesso de Angela Merkel deve servir de exemplo para líderes europeus

A vitória de Angela Merkel nas eleições legislativas na Alemanha divide as manchetes da imprensa francesa desta segunda-feira com o ataque de um grupo radicial islamista em um centro comercial de luxo em Nairobi, no Quênia.

A Chanceler alemã, Angela Merkel, comemora vitória nas eleições deste domingo
A Chanceler alemã, Angela Merkel, comemora vitória nas eleições deste domingo REUTERS/Fabrizio Bensch
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Reação idêntica de dois grandes jornais franceses para celebrar o sucesso de Angela Merkel na votação deste domingo. O triunfo de Merkel , foi o título escolhido pelo conservador Le Figaro enquanto o diário econômico Les Echos descreve a vitória nas urnas como triunfal.

O Le Figaro escreve que a chefe de governo foi amplamente aprovada com cerca de 42% dos votos, um sucesso sem equivalência em mais de 50 anos. No entanto, Merkel terá que negociar uma coalizão com seus adversários sociais-democratas do partido SPD, segundo colocado na eleição.

Em editorial, Le Figaro convida os governos de outros países a refletirem sobre o sucesso de Merkel porque é raro hoje em dia ver um povo apoiar por tanto tempo uma liderança que sabe reunir os cidadãos em torno de uma orientação política e de seus resultados. O jornal conservador definiu em três palavras a decisão do povo alemão de continuar com Merkel ao invés de dar uma chance ao social-democrata Peer Steinbrück: pragmatismo, prudência e disciplina.

Para o Les Echos, Angela Merkel surpreendeu pela dimensão de sua vitória, acima de 42% dos eleitores votaram para ela exercer um terceiro mandato. E por muito pouco ela não teve maioria absoluta no parlamento, o que vai obrigá-la a negociar uma "grande coalizão" com os sociais-democratas.
A grande surpresa de domingo foi a saída do parlamento dos liberais, aliados do partido CDU de Merkel. Eles não conseguiram 5% dos votos e por isso não terão representantes na Bundestag.

Para o L'Humanité, a vitória de Angela Merkel significa mais 4 anos de quebradeira para a União Europeia. Em editorial, o jornal comunista lamenta o triunfo da líder da maior economia do bloco e afirma que a única líder da Europa a se reeleger após a crise de 2008 convenceu os eleitores de que salvou a Alemanha do pior. Sua vitória não é uma boa notícia para os trabalhadores porque o país vive um paradoxo: os bancos e as multinacionais prosperam enquanto os trabalhadores alemães perdem cada vez mais seus direitos.

Violência no Quênia

Horror em Nairobi, escreve em sua manchete o jornal Libération. O ataque dos jihadistas somalis na capital do Quênia expõe os riscos de um caos para toda a região leste da África, afirma o jornal. Trata-se de uma vingança cega do grupo shebab que no sábado lançou o ataque que deixou até o momento 68 mortos.
Na reportagem dedicada a este ato de extrema violência, Libération afirma que o centro comercial, que pertence a israelenses, é difícil de proteger devido a suas várias entradas e estacionamentos. A empresa de segurança garantia uma vigilância mínima e não estava preparada para este tipo de ataque, afirma o Libé.

O La Croix fala em loucura terrorista. O envio de tropas quenianas na Somália aumentou a exposição do país à ameaça do terrorismo, diz o jornal católico. No momento em que o mundo se prepara para discutir a crise Síria na Assembleia da ONU, em Nova Iorque, a atualidade sangrenta dos islamitas radicais vem inverter a agenda da diplomacia internacional, afirma o editorial do La Croix.
 

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