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EUA/Síria

Estados Unidos estão prontos para agir na Síria caso diplomacia falhe, diz Obama

O presidente americano Barack Obama elogiou o acordo fechado pelo secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Serguei Lavrov, em Genebra, sobre a destruição das armas químicas sírias, mas lembrou que os Estados Unidos estão prontos para agir, caso os esforços diplomáticos não prosperem. O anúncio foi feito neste sábado, dia 14 de setembro, através de um comunicado no qual o chefe de Estado também garante que a Síria será punida se não colaborar.  

Presidente americano Barack Obama ressaltou que a diplomacia continuará trabalhando em prol da destruição das armas químicas na Síria continuam.
Presidente americano Barack Obama ressaltou que a diplomacia continuará trabalhando em prol da destruição das armas químicas na Síria continuam. REUTERS/Jason Reed
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"Mesmo se conquistamos progressos importantes, nos resta muito trabalho pela frente", informa o comunicado assinado pelo presidente americano. Caso a diplomacia fracasse, "os Estados Unidos estarão prontos para agir", sublinha o documento que diz esperar que o presidente sírio Bashar al-Assad honre seus engajamentos.

Após três dias de negociação em Genebra, na Suíça, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Serguei Lavrov, anunciaram neste sábado ter fechado um acordo sobre um plano de eliminação do arsenal químico da Síria. O regime de al-Assad tem agora uma semana para apresentar a lista deste tipo de armamento que o país possui.

“Os EUA e a Rússia querem o fim das armas químicas sírias da maneira mais rápida e segura”, declarou Kerry ao final do encontro. O compromisso prevê também “o acesso de inspetores da ONU até novembro” ao país. O objetivo, acrescentou Kerry, é que o arsenal seja removido até meados de 2014.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton elogiou o acordo. Ela declarou que a União Europeia está pronta para enviar especialistas que ajudem na segurança das operações de desmantelamento e destruição dos armamentos químicos sírios. Já o chefe da diplomacia britânica, William Hague, fez um apelo pela aplicação rápida e completa do texto acordado neste sábado.

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, classificou o compromisso russo-americano como um “avanço importante”. Através de um comunicado, ele informou que a reunião prevista em Paris na próxima segunda-feira, dia 16 de setembro, com os Estados Unidos e Reino Unido deve discutir o conteúdo, as condições de aprovação e o plano de aplicação do acordo.

Convenção pela Interdição de Armas Químicas

No final da noite de sábado, a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou ter recebido o documento de adesão da Síria à Convenção pela Interdição de Armas Químicas, que será efetuada em 30 dias. A Convenção, que foi criada em 1993 em Paris e entrou em vigor em 1997, proíbe a fabricação, a estocagem e a utilização deste tipo de armamento. O documento também veta os signatários de apoiar um país que fabrique ou utilize arsenal químico.

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