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Papa Francisco/Estupro

Papa Francisco telefona para vítima de estupro na Argentina

O papa Francisco tomou a iniciativa de telefonar para uma fiel argentina, Alejandra Pereyra, estuprada por um policial e vítima de ameaças por parte dos investigadores do crime. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, dia 28 de agosto, pelo Vaticano. A argentina enviou, há dez dias, uma carta ao pontífice contando sobre o trágico episódio.

Papa Francisco, com uma bandeira argentina, em imagem de arquivo, se sensibilizou com a trágica experiência de uma conterrânea vítima de estupro.
Papa Francisco, com uma bandeira argentina, em imagem de arquivo, se sensibilizou com a trágica experiência de uma conterrânea vítima de estupro. REUTERS/Luca Zennaro
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Alejandra Pereyra, de 44 anos, confessou à rede de televisão argentina Canal 10 que ficou "petrificada" ao receber o telefonema do santo padre no último domingo. "Meu celular tocou. Eu perguntei quem era e fiquei muito surpresa ao ouvir: 'é o papa'", relatou. A fiel também declarou que Francisco ouviu sua história com muita atenção. "Ele me disse que eu não era a única a ter passado por este tipo de situação e me pediu que eu tivesse confiança na justiça", completou.

A argentina da Cidade do Rosário, na província de Santa Fé, resolveu apelar ao religioso após ser estuprada por um policial e ter sido ameaçada e perseguida pelos próprios investigadores do crime. Ela acusa um juiz de não ter ouvido sua versão dos fatos, enquanto o estuprador não só estaria em liberdade, mas ainda teria sido promovido em seu trabalho.

De acordo com o Vaticano, esta é a primeira vez que um pontífice telefona para um fiel para expressar sua solidariedade e reconfortar diretamente uma pessoa desconhecida. "O papa me disse que recebe todos os dias milhares de cartas, mas o que eu lhe escrevi tocou seu coração", contou Alejandra.

Os casos de estupro têm vindo cada vez mais à tona e preocupando a comunidade internacional. A Índia vem sendo frequentemente alvo de inúmeras denúncias de violências coletivas contra a mulher. O caso mais recente foi a de uma fotógrafa de 23 anos atacada por cinco homens em um um bairro chique de Mumbai, na semana passada. Em um dos mais trágicos episódios do país, uma jovem estudante indiana morreu no ano passado após ser violentada e selvagemente agredida por um grupo dentro de um ônibus em Nova Délhi.

No Brasil, o caso mais recente de estupro coletivo aconteceu no dia 30 de março, quando uma americana de 21 anos foi sexualmente violentada por três homens durante seis horas em uma van, no Rio de Janeiro. Os estupradores, com idades entre 20 a 22 anos, foram reconhecidos por outras mulheres, também vítimas de agressões sexuais por parte da quadrilha.

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