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Tunísia/Ennahda

Governo islamita se reúne para encontrar uma saída à crise na Tunísia

O partido islamita no poder na Tunísia, o Ennahda, anunciou uma reunião de seu parlamento interno neste sábado, dia 17 de agosto, com o objetivo de discutir uma saída para a crise política. Desde o assassinato de um importante líder da oposição, o deputado Mohamed Brahmi, no final de julho, o país enfrenta uma onda de manifestações que pedem a demissão do governo. 

O líder do partido islamita Ennahda, Rached Ghannouchi, durante conferência de imprensa que anunciou, na última quinta-feira, dia 15 de agosto, que o governo não aceita a proposta de uma administração apolítica na Tunísia.
O líder do partido islamita Ennahda, Rached Ghannouchi, durante conferência de imprensa que anunciou, na última quinta-feira, dia 15 de agosto, que o governo não aceita a proposta de uma administração apolítica na Tunísia. REUTERS/ Zoubeir Souissi
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A reunião do Conselho da Choura, o parlamento interno do Ennahda, acontece antes do encontro de representantes do partido com o poderoso sindicato UGTT, para tentar encontrar uma solução ao caos instalado no país. A organização voltou a pedir hoje uma solução rápida, ressaltando aque a situação econômica e social da Tunísia corre o risco de se deteriorar ainda mais nos próximos dias.

Os opositores ao governo tunisiano querem uma administração apolítica e a dissolução da Assembleia Nacional Constituinte (ANC). No entanto, os islamitas aceitam apenas dividir o poder com outros partidos e formar um governo de união nacional.

“Existem várias iniciativas sérias e nós esperamos chegar a uma solução que evite que a Tunísia a se dirija à violência”, declarou um responsável do Ennahda, Houcine Jaziri, a uma rádio do país neste sábado. Em contrapartida, ele não indicou quais seriam as propostas do partido para resolver os problemas que o país atravessa.

Os opositores ao governo islamita vem organizando manifestações frequentes em todo o país desde o assassinato de Brahmi, no dia 25 de julho. A mobilização, no entanto, perdeu força depois de um grande protesto, no dia 13 de agosto, que reuniu dezenas de milhares de pessoas na capital Túnis.

 

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