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Grécia/Greve

Grécia enfrenta nova greve geral contra cortes no setor público

A Grécia enfrenta uma nova greve geral nesta terça-feira, dia 16 de julho. A paralisação é convocada pelos sindicatos dos setores público e privado contra o projeto de lei que elimina 4 mil empregos públicos e impõe a mutação forçada de 12,5 mil servidores, entre eles policiais, professores, funcionários de escolas e do setor da saúde.

Manifestação contra reforma da função pública desta segunda-feira, 15 de julho de 2013, em Atenas.
Manifestação contra reforma da função pública desta segunda-feira, 15 de julho de 2013, em Atenas. REUTERS/Yorgos Karahalis
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Na capital Atenas, a greve atinge o sistema de ônibus, mas apenas três estações de metrô serão fechadas , no local onde os protestos e as passeatas devem acontecer. O tráfego aéreo também registrava atrasos nesta manhã e nenhum trem circulará no país durante todo o dia. Já nos hospitais, os médicos só prestam atendimento de emergência.

O governo grego criou uma lista de cargos a serem preenchidos e os servidores têm no máximo oito meses para encontrar um novo posto de trabalho, caso contrário serão demitidos. Este polêmico projeto de lei, visto como mais um sacrifício em um país em que mais de um quarto da população está desempregada, será discutido amanhã no parlamento, onde o governo só conta com 5 votos de maioria.

Após o choque do fechamento da rede pública de rádio e televisão do país sem pré-aviso ou negociação, no começo de junho, as políticas de rigor prometem criar mais polêmicas com os cortes que devem afetar especialmente o setor da educação.

As medidas de rigor são uma exigência da troika de credores internacionais, formada pela União Europeia (UE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), para liberar um repasse de cerca de 7 bilhões de euros (cerca de 20,6 bilhões de reais) de ajuda financeira à Grécia.

Imunidade

Hoje, pela manhã, o parlamento grego retirou a imunidade do ex-ministro das Finanças, o socialista George Papaconstantinou. Ele é acusado de ter falsificado uma lista contendo nomes de 2 mil gregos que teriam contas bancárias não declaradas em uma filial do banco HSBC na Suíça. O ex-ministro nega as acusações, mas, se for condenado pela justiça, pode pegar até 10 anos de prisão.

 

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