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Tribunal de Contas diz que funcionalismo francês deve trabalhar mais

O esforço que o governo francês deverá fazer para reduzir seu déficit público é destaque em vários jornais que circulam hoje no país. As manchetes se referem ao alerta feito pelo Tribunal de Contas de que a França terá que adotar duras medidas para equilibrar suas contas, entre elas cortes e mais horas na jornada de trabalho do funcionalismo.

Primeiras páginas de diários franceses.
Primeiras páginas de diários franceses. RFI
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O jornal Les Echos escreve que o governo está acuado diante dos cortes que será obrigado a fazer nas suas despesas. O diário especializado em economia informa que o Tribunal de Contas fez propostas radicais para a França economizar 28 bilhões de euros (79 bilhões de reais), entre elas uma suspensão parcial de ajudas sociais e o aumento na jornada de trabalho dos funcionários públicos. Ainda é possível cumprir a meta de reduzir o déficit do país para 3% do PIB em 2015, mas para isso é preciso fazer reformas difíceis e sem precedentes, afirma o jornal.

O Le Figaro destaca um dos principais pontos abordados pelo Tribunal: o custo altíssimo do funcionalismo público. Segundo o jornal conservador, diante da crise econômica e da falta de reformas estruturais, a França será obrigada a fazer mais esforços que o previsto para reduzir o rombo nas receitas do Estado. Traduzindo em números, o Estado deve reduzir em 10 mil por ano o número de funcionários, frear o aumento da massa salarial e aumentar em duas horas a jornada de trabalho do funcionalismo público. O relatório do Tribunal confirmou que o governo não deverá cumprir sua promessa de trazer o déficit para 3,7% em 2013.

O Libération dedica sua manchete ao anúncio do governo francês de desenvolver a rede de transportes considerados mais eficientes e próximos do cidadão. Isso significa menos investimentos nos trens de alta velocidade, custosos na produção e manutenção. Daí o título do Libération: para que serve o trem-bala?

Em editorial, o jornal constata que essa tecnologia que permite viajar bem mais rápido custa caro demais e a empresa que explora o serviço precisa compensar os gastos nos preços da passagem. O jornal questiona: será que o futuro dos transportes é um trem rápido e caro ou trajetos menos longos e mais baratos? Outra dúvida lançada pelo Libération é em relação ao desafio de tornar o trem bala mais acessível ao maior número possível de passageiros.

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