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Protestos no Brasil servem de alerta para outros países

As manifestações que sacodem o Brasil ocupam as manchetes dos principais jornais da França nesta segunda-feira. Reportagens e análises sobre os protestos revelam uma insatisfação popular crescente com a situação política e social do país e alertam os governos de oturos países.

Capa dos jornais franceses, Libération, La Croix e Le Figaro desta segunda-feira 24
Capa dos jornais franceses, Libération, La Croix e Le Figaro desta segunda-feira 24 Fotomontagem RFI
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Com um jovem exibindo uma bandeira brasileira em cima de uma monumento, o Libération pergunta em sua manchete se o Brasil não está vivendo uma revolução.

O movimento contra a corrupção e a classe política, histórico por sua extensão e seu caráter espontâneo, fragiliza a esquerda atualmente no poder, escreve o jornal progressista em sua manchete.
Em duas páginas, o jornal informa que o movimento político lançado por estudantes atraiu também os conservadores e no espaço de duas semanas cristalizou vários rancores da população, como o descontentamento com a vida cara e os gastos faraônicos com a Copa do Mundo de futebol.

Em editorial, o Libération diz que a revolta no Brasil serve de alerta também para os países europeus. A realidade política e social brasileira é diferente da francesa, espanhola ou italiana, mas o que existe em comum, segundo o jornal, é uma grande desilusão dos jovens. Os políticos devem oferecer perspectivas para essa faixa da população antes que ela se torne alvo dos extremistas, alerta o Libération.

La Croix diz em sua manchete que trata-se de uma revolta dos jovens brasileiros. E explica: as grandes manifestações não querem derrubar o governo mas melhorar as condições de vida e o funcionamento da democracia.
Em editorial, La Croix diz que os primeiros a se surpreenderem com a dimensão dos protestos foram os próprios brasileiros. Essa indignação se expressa no momento em que a economia do país está em crise, lembra o jornal católico.
Às vésperas de acolher a Jornada Mundial da Juventude, o La Croix lembra que diversos bispos pedem que as vozes das ruas sejam ouvidas.

Para o Le Figaro, o governo brasileiro está desarmado diante de uma contestação que só cresce. O jornal conservador diz que apesar do discurso da presidente Dilma Roussef na sexta-feira à noite, as manifestações não diminuem. Le Figaro destaca diferentes pesquisas de opinião pública divulgadas pela imprensa brasileira informando que entre 66% e 75% da população entrevistada apoiam o movimento.

Em uma página inteira, o Le Figaro traz uma cronologia dos fatos que transformaram o Brasil e um perfil da Avenida Paulista, local onde o enviado especial do Le Figaro ouviu diversos manifestantes explicarem os motivos que os levaram às ruas.

 

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