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Vaticano/Fé

Papa Francisco quer uma "proteção jurídica para embrião"

O Papa Francisco pediu neste domingo "uma garantia jurídica para o embrião”, para “proteger todo ser humano desde o início de sua existência”. Durante a oração Regina Coeli, o papa, que nunca havia antes se pronunciado de maneira explícita sobre o assunto, definiu ainda a “defesa do caráter sagrado da vida humana” como um tema central do “ano da fé”, a ser celebrado durante uma cerimônia no Vaticano nos dias 15 e 16 de junho.  

Papa acena para multidão reunida na Praça São Pedro, no Vaticano, neste domingo, 12 de maio.
Papa acena para multidão reunida na Praça São Pedro, no Vaticano, neste domingo, 12 de maio. Reuters
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O Papa Francisco, conhecido pelo conservadorismo já manifestado durante sua atuação como arcebispo de Buenos Aires, pediu aos fiéis reunidos em uma grande marcha em Roma, para manter “atenção sobre todos os temas que dizem respeito à vida, desde o momento da concepção”.

Cerca de 30 mil pessoas compareceram à manifestação que reuniu na capital italiana representantes de diferentes paróquias e integrantes de organizações que defendem o direito à vida, vindos de vários países europeus.Os participantes fizeram uma caminhada do Coliseu até o castelo de Santo-Anjo, distante poucos metros do Vaticano.

O papa Francisco evocou um abaixo-assinado que circula em igrejas da Itália em defesa do projeto chamado “Uno de noi” (Um de nós, em tradução livre do italiano) a ser encaminhado à União Europeia por movimentos de defesa da vida.

O sumo pontífice anunciou que celebrará uma missa na Praça São Pedro durante a Jornada “Evangelium Vitae”,(Evangelho da Vida), um momento, que segundo ele, é particular para todos que defendem o caráter sagrado da vida.

O tema da defesa da vida – aborto, eutanásia, bioética – provoca muitos conflitos entre a Igreja Católica e países ocidentais. Para a Igreja, a vida é um dom de Deus e por isso não admite a prática de aborto nem da eutanásia. Muitos teólogos, no entanto, insistem que é preciso ter uma atitude de misericórdia com as pessoas que recorreram a alguma dessas práticas.

Canonização

O papa Francisco canonizou neste domingo os primeiros santos de seu pontificado; um italiano do século 15, Antonio Primaldo, e seus 800 companheiros que se recusaram a renunciar ao catolicismo para se converterem ao Islã. Seus nomes ficarão no anonimato e não vão constar em calendários católicos. 

Primeiro Papa latino-americano da história,  Francisco também caninizou a primeira religiosa colombiana a se tornar santa, Laura de Santa Caterina da Siena Montoya y Upeguila, e também a mexicana Maria Guadalupe Garcia Zavala. As duas foram fundadores de ordens religiosas. Mortas no século 20, elas se engajaram na luta contra a pobreza, as doenças e em defesa dos povos indígenas. O papa rendeu homenagens às duas religiosas por terme levado a fé sem se opor , mas sim, respeitando as culturas locais.

O Papa celebrou a missa de canonização diante de milhares de fiéis reunidos na Basílica de São Pedro. Ele comandou uma cerimônia decidida pelo ex-papa Bento 16 durante o consistório realizado no mês de fevereiro.

 

 

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