Feira de Hannover começa em meio a polêmica com a Rússia
Com uma visita aos pavilhões da feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, abriu nesta segunda-feira os portões da Feira de Hannover. Mas o início da exibição está sendo ofuscado por críticas ao presidente russo e protestos por democracia e respeito aos direitos humanos por parte do governo em Moscou.
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O passeio inaugural da chefe de governo alemã foi realizado em companhia do presidente russo, Vladimir Putin, com quem ela participou na noite anterior da cerimônia de inauguração dessa que é tida como a maior feira industrial do mundo. Neste ano, a Rússia é o país parceiro da exibição.
Mas Merkel também apoveitou a inauguração da feira para alfinetar a política de direitos humanos na Rússia. Em seu discurso de abertura da feira, a chanceler alemã pediu que "seja dada uma oportunidade às organizações não governamentais e às diversas associações", que, na Alemanha, "são um motor de inovação".
A declaração da chanceler alemã foi uma alusão a uma polêmica campanha das autoridades russas contra ONGs estrangeiras presentes no país. As críticas contra a censura na Rússia também foram comandadas por um grupo de feministas com seios nus que insultaram Putin durante a sua visita a um estande da feira na manhã de hoje.
A Feira de Hannover conta neste ano com cerca de 6.500 expositores de 62 países, o maior número de participantes dos últimos 10 anos. O Brasil está presente na Feira de Hannover com mais de 120 participantes, entre expositores, distribuídos em 4 pavilhões, e integrantes de missões empresariais.
*Colaboração do correspondente da RFI em Berlim, Marcio Damasceno.
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