Três meses após massacre, Connecticut restringe porte de armas
Três meses após o massacre na cidade americana de Newtown, no qual 26 pessoas morreram, o Connecticut se tornou nesta quinta-feira o terceiro Estado americano a restringir o porte armas de fogo. O governador democrata Dan Malloy sancionou um projeto de lei de 139 páginas, aprovado horas antes pelo Legislativo.
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O Estado de Connecticut passará, assim, a avaliar os antecedentes criminais de seus habitantes em todas as vendas de armas de fogo, sejam elas privadas ou públicas. A lei também prevê a criação de um arquivo de pessoas condenadas por crimes armados.
Com a nova legislação, estão proibidas as vendas de mais de 160 armas de assalto, como fuzis, escopetas e metralhadoras, assim como a comercialização de cartuchos de grande capacidade, com mais de dez balas. Além disso, será necessário ter ao menos 21 anos para comprar uma arma semi-automática.
Legislação
Depois de Nova York, em janeiro, e do Colorado, em março, o Connecticut é o terceiro Estado a endurecer sua legislação sobre porte e comércio de armas. Em Maryland, um projeto de lei está em fase final de discussão, mas também deve ser aprovado logo.
No massacre de Newton, o jovem Adam Lanza, de 20 anos, abriu fogo contra crianças e professores da escola Sandy Hook, e matou 26 pessoas em menos de cinco minutos. O trágico acontecimento foi o estopim para que o presidente americano Barack Obama pedisse o endurecimento das leis sobre o armamento.
Em contrapartida, há uma forte oposição da indústria bélica e dos próprios americanos que defendem seu “direito de defesa”.
As armas de fogo matam cerca de 12 mil pessoas por ano nos Estados Unidos. Os estudos indicam que, a cada dia, ocorrem 34 crimes no país.
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