França pressiona UE pelo fim do embargo de armas à Síria
O conflito na Síria entra nesta sexta-feira em seu terceiro ano, com saldo de mais de 70 mil mortos, segundo a ONU. O presidente francês, François Hollande, pressionou os europeus nesta sexta-feira, para que o embargo de armas seja levantado, abrindo o caminho para que os rebeldes que lutam contra o regime de Bachar al-Assad possam receber reforços materiais.
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Em Bruxelas, após encontro de cúpula com líderes europeus, Hollande disse esperar que uma decisão seja tomada a respeito nas “próximas semanas”. Ele lembrou que as tropas de Bachar al-Assad são alimentadas por armas de países como a Rússia. O presidente francês acrescentou que “todas as consequências sobre o fim do embargo” serão examinadas por ministros europeus de Relações Exteriores, que se reúnem nos próximos dias 22 e 23 de março em Dublin, na Irlanda.
Para Hollande, uma decisão “deveria ser tomada antes do final de maio”, pois a crise evolui na Síria. Ele acredita que a chanceler Ângela Merkel não é, a princípio, contra o fim do embargo, mas que ela quer estudar todos os resultados possíveis. “O maior risco é não fazer nada, seria o caos”, declarou Hollande.
O alto comissário da ONU para os refugiados, Antonio Guterres, fez um apelo urgente em Beirute, Líbano, diante dos riscos de que a crise se espalhe pela região. “Se o conflito sírio continuar, há um risco real de explosão no Oriente Médio e seria impossível responder a esse desafio nos planos humanitário, político e de segurança”, declarou Guterres.
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