Segundo dia de eleições na Itália começa em clima de incerteza
Os italianos voltam às urnas nesta segunda-feira, segundo e último dia das eleições legislativas antecipadas. O mau tempo, principalmente no norte do país, deixa ainda mais dúvidas sobre a participação dos eleitores que se mostram muito desiludidos com a classe política. O voto na Itália não é obrigatório e no primeiro dia, a participação foi bem menor do que na eleição anterior.
Publicado a:
Gina Marques, correspondente da RFI em Roma
O comparecimento às urnas registrou apenas 55% dos 47 milhões de eleitores, uma redução de quase oito pontos percentuais em relação às ultimas eleições de 2008. Hoje as urnas ficarão abertas até as 3 da tarde, hora local. Mas a votação é marcada pela incerteza. As pesquisas indicam que pelo menos 5 milhões de pessoas podem mudar de ideia no último minuto porque não escolheram em qual coalizão votar ou não vão votar porque se sentem desiludidas.
A desilusão com a política tradicional fez crescer a popularidade do comediante Beppe Grillo e de seu partido, o Movimento 5 Estrelas. Grillo representa uma novidade com deu discurso transversal, populista, considerado como a anti-político. Mas segundo as pesquisas, a coalizão vencedora deve ser a de centro-esquerda, liderada por Pier Luigi Bersani do Partido Democrático.
Se esta vitória for confirmada, resta saber se ele vai formar uma maioria estável, ou se vai ter que pedir apoio à coalizão católica moderada liderada pelo atual primeiro-ministro demissionário, Mario Monti.
E no primeiro dia de votações, as atenções se voltaram para Silvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro, dono de um império de telecomunicações. Quando ele foi votar em Milão, três manifestantes feministas do grupo Femen protestaram em topless gritando “Basta Berlusconi”. Elas foram detidas por desacato a autoridade.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro