Disputa pelo controle da UMP virou suicídio político, diz Le Figaro
O fracasso da mediação do ex-primeiro ministro Alain Juppé para por um fim à crise no maior partido de direita da França é destaque nas manchetes dos principais jornais desta segunda-feira. O conservador Le Figaro faz um apelo para que os dois líderes que disputam a presidência da UMP parem com o verdadeiro massacre em que se tornou a briga pelo poder e aceitem a realização de uma nova eleição.
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UMP: suícidio ao vivo, escreve o jornal em título para expressar a que ponto chegou a crise do partido. A ruptura entre Jean-François Copé e François Fillon foi consumada após Alain Juppé ter jogado a toalha diante da falta de um acordo entre os dois.
Em editorial, Le Figaro defende que a única solução para o partido não implodir é realizar novas eleições, com regras transparentes e sob a tutela de personalidades inquestionáveis.
Para o Libération, a perspectiva de um racha no partido ficou ainda mais evidente com a ameaça do ex-premiê Fillon de recorrer à justiça para contestar a vitória de seu adversário nas eleições internas para a presidência da UMP. Em um exercício de futurismo, o jornal prevê que desse campo de ruínas, todos sairão perdendo, inclusive o próprio partido que se diz da direita republicana.
O Aujourd'hui en France afirma em sua manchete que o ex-presidente Nicolas Sarkozy decidiu se envolver diretamente nesta guerra de caciques de sua família política. Nesta segunda-feira Sarkozy vai almoçar com François Fillon, seu ex-primeiro ministro, com um único objetivo, segundo o jornal, salvar a UMP.
Controle bancário
O jornal econômico Les Echos analisou o projeto de lei do governo sobre a reforma bancária na França que será submetido a um comitê consultativo. O texto sugere uma separação clara das atividades especulativas e de depósitos de um banco. Mas o que preocupa o setor é o reforço do poder de supervisão da Autoridade de controle, afirma o jornal.
Em entrevista ao Les Echos, o presidente da Federação de Bancos da França, Jean-Paul Chifflet, reclamou que o dispositivo destinado a regulamentar a falência bancária pode custar muito caro para os bancos do país.
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